Israel ou Palestina? Afinal, a quem realmente pertence a terra?

Fonte: Fabiano de Abreu

image 88

No último dia 7 de outubro de 2023 iniciou-se o mais novo capítulo de um conflito que se estende desde o início do século XIX, a disputa pelo controle das terras da região da Faixa de Gaza entre Israel e a Palestina.

O território foi inicialmente habitado pelos povos judes que, há séculos sofreu com diversas invasões feitas por diferentes povos, como os romanos e babilônicos, o que resultou nas chamadas diásporas, que ocorreram quando os povos judaicos precisaram se dispersar pelo mundo durante diversas vezes, fazendo com que fosse, ora escravizados por outros povos, ora vítimas de preconceitos, como o antisemitismo.

Os confrontos militares que envolvem o povo judeu são citados até mesmo na própria Bíblia hebraica  (c. 1200–576 a.C.), disputas que resultaram na divisão entre o Reino de Judá, ao sul, e o Reino de Israel, ao norte.

Já os povos árabes também acabaram desenvolvendo fortes relações com o território por descenderem de povos antigos, como os filisteus, que habitaram a região durante as diásporas judaicas, gerando a sensação de pertencimento ao local.

[Continua depois da Publicidade]

Além disso, ambos os povos possuem uma relação muito próxima entre o local e a religião, acreditando que o território tenha sido concedido por Deus, o que foi reforçado por também ter sido palco de eventos religiosos importantes para os dois povos.

Por volta do início do século XIX, o sionismo, um movimento que promoveu o retorno dos judeus à sua terra ancestral, ganhou força, o que resultou em uma reocupação da região para pressionar a criação do Estado de Israel. Em 1947, a ONU votou pela divisão do território, alocando 55% para os judeus e 45% para os árabes, embora estes fossem a maioria.

A formação de Israel em maio de 1948 e a construção do muro de Israel em 2002 agravaram os conflitos na região, levando a uma nova diáspora, desta vez entre as populações árabes. Esses eventos desencadearam um longo e complexo conflito no Oriente Médio, que desencadeou a guerra atual entre os dois povos.

Este caso nos permite analisar alguns fatores que transcendem a história, como psicológicos e neurocientíficos, pode-se perceber uma diferença entre o posicionamento dos dois povos, os judeus possuem fortes raízes que mantém a nação unida por fé e costumes, mesmo durante longas diásporas e terríveis períodos de escravização e genocídio, já os palestinos passam por um processo onde o idealismo é colocado a frente do raciocínio relacionado à capacidade de discernir os impactos de determinadas ações para o mundo e para seu próprio povo

Os judeus mantém suas tradições mesmo nos períodos mais adversos, o que claramente também tem relação com a genética desse povo, que além de, através da miscigenação, fazer parte de muitos de nós, também geraram grandes nomes mundiais em diversas áreas, como Albert Einstein, Silvio Santos, Calvin Klein, Karl Marx, Anne Frank, Steven Spielberg, entre outros.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.