Estudo identifica variantes genéticas como fatores de risco para o sucicídio

A genética pode ser a chave para identificar tendências suicídas e tratá-las com antecedência, afirma Pós PhD em neurociências e especialista em genômica, Dr. Fabiano de Abreu Agrela

Fonte: Fabiano de Abreu

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As pesquisas sobre a genética humana e a sua influência não só nas características físicas do indivíduo, mas também psicológicas, emocionais, hábitos e predisposição a doenças, tem avançado cada vez mais, o que permite entender melhor uma série de condições.

Um novo estudo, publicado  na revista científica The American Journal of Psychiatry, indicou relações genéticas com tendências suicidas. O estudo cruzou dados de 43.871 tentativas de suicídio e 915.025 informações genéticas, o que permitiu identificar 12 variações genéticas que têm relação com tentativas de suicídio, assim como outras condições de saúde, como hiperatividade, défict de atenção, maior impulsividade e propensão ao tabagismo.

É possível “prever” um suicida através da genética?

De acordo com o Pós PhD em neurociências e especialista em genômica, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, genes isolados não causam efetivamente suicídios, mas um conjunto de genes pode gerar alertas.

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Não é apenas por ter determinado gene que você irá cometer sucicídio, é preciso analisar por um aspecto mais amplo, no estudo, por exemplo, 12 variações foram identificadas, elas servem como um alerta, por isso é tão importante realizar testes genéticos. Existem estimativas de herdabilidade entre gêmeos e famílias entre 30% a 55% que também devem ter atenção”.

Ter predisposição alta a alguma condição não quer dizer que vai acontecer, mas é um alerta para aumento de probabilidade. Os testes genéticos não existem para assustar e sim para prevenir“, ressalta Dr. Fabiano.

Testes genéticos para se conhecer melhor

Com base neste estudo, já conseguimos ver através do teste genético a predisposição da pessoa a essa possibilidade de risco. Com um simples teste de ancestralidade nessas empresas internacionais fazemos a imputação e conseguimos o resultado a partir deste sequenciamento“.

Realizar testes genéticos permite se conhecer melhor e direcionar de forma mais eficaz seus esforços para seus pontos de maior atenção”, destaca Dr. Fabiano.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.