Polícia Federal faz busca e apreensão em endereços de Carla Zambelli

Fonte: R7

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REDES SOCIAIS/REPRODUÇÃO - 29.10.2022

A PF (Polícia Federal) cumpre nesta terça-feira (3) mandados de busca e apreensão em endereços da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) em São Paulo e Brasília. A ação, autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, tem o objetivo de apreender armas que ainda estavam com a parlamentar.

Nas redes sociais, a deputada confirmou a operação. “Hoje eu sofri busca e apreensão a mando do STF para entrega de outras três armas que tenho. Apesar de ter entregue espontaneamente minha G3C 9mm, eles levaram também agora minha 380 Taurus, uma Ruger 9mm e uma arma de coleção 38 que eu tinha”, comentou.

Na semana passada, a deputada federal afirmou que entregou à Polícia Federal a pistola que havia apontado para um homem no meio de uma rua da capital paulista em 29 de outubro, véspera do segundo turno das eleições. A Taurus G3C 9mm foi entregue, segundo ela, de forma “voluntária” à corporação.

Zambelli foi filmada ao apontar uma arma de fogo para um homem no meio da rua e, depois, dentro de um bar, na véspera do segundo turno das eleições. Segundo a parlamentar, ela sacou a pistola depois de ter sido agredida e xingada. De acordo com ela, o homem seria militante do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a teria derrubado. Um vídeo gravado de outro ângulo, no entanto, mostra a deputada caindo sozinha ao tropeçar.

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“Me empurraram, até me machucaram aqui, me empurraram no chão. Ele me cuspiu várias vezes. Quando ele me empurrou, eu caí, eu saí correndo atrás dele, falei que ia chamar a polícia, que ele tinha que ficar aqui para esperar a polícia chegar. E aí ele se evadiu, eu saquei a arma e saí correndo atrás dele, pedindo para ele parar”, afirmou Zambelli à época.

“Ele ficou com medo, parou dentro de um bar, pedi para ele esperar porque eu ia chamar a polícia e dar flagrante. Ele começou a pedir desculpa. Acabamos de filmar o pedido de desculpas, eu falei: tá bom, você pediu desculpas, pode ir. Ele começou a fazer de novo”, acrescentou a deputada.

Semanas antes, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) havia proibido o transporte de armas e munições, em todo o território nacional, por parte de CACs (colecionadores, atiradores e caçadores) no dia das eleições e nas 24 horas que antecederam e que sucederam o pleito.

Em entrevista após a confusão, Zambelli disse ter ignorado a resolução. “Conscientemente, estava ignorando a resolução e continuarei ignorando a resolução do [ministro] Alexandre de Moraes, porque ele não é legislador. É simplesmente presidente do TSE e membro do STF. Ele não pode, em nenhum momento, fazer lei. Isso é ativismo judicial.”

Redatora do portal CenárioMT, escreve diariamente as principais notícias que movimentam o cotidiano das cidades de Mato Grosso. Já trabalhou em Rádio Jornal (site e redação).