Nem sempre os superdotados são os melhores da turma, entenda

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Normalmente as pessoas acham que um superdotado é sempre o melhor da turma, o cara com as notas mais altas e que está sempre muito à frente dos demais colegas. Porém, nem sempre é assim. Um exemplo disso é o menino Benjamin Muniz, de 5 anos.

Membro de duas das mais restritas sociedades de alto QI no mundo – Mensa e Intertel, Benjamin aprendeu inglês sozinho, ainda com três anos, assistindo vídeos do YouTube.

Mas, voltando ao ponto inicial, o pai de Benjamin, Fagner Marques, conta que apesar de ter habilidades muito acima das crianças a sua idade, na escola o menino mostra desinteresse.

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Não gosta de fazer as lições de casa e “chega a dormir na aula”, conta o pai lembrando que, apesar disso, o jovem já demonstra também forte habilidade em linguagem.

“Acabamos de descobrir que ele já sabe o alfabeto russo. Ele também já faz algumas contas de multiplicação bem complicadas, tem uma memória privilegiadíssima. Sempre fala que lembra de tudo que já passou, desde quando era bem pequeno. Com ele a gente só precisa falar uma vez”, falou.

Fagner conta que Benjamin também gosta muito do sistema solar e sabe as características de todos os planetas.

Ainda falando sobre o comportamento do menino, o pai lembra que “ele não aceita bem o erro, demonstra ansiedade quando acha que não sabe algo e fica entediado muito fácil quando o tema não é de interesse dele, como a escola.

Também membro de sociedades de alto QI, o neurocientista luso-brasileiro Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela conta que era exatamente assim na escola e aponta uma possível explicação.

“Só tiramos nota boa na escola quando aprendemos, só aprendemos quando prestamos atenção. Só prestamos atenção quando temos interesse. Há diversos casos de crianças com altas habilidades que não tiram notas boas pela falta de interesse. Por isso a importância do ambiente adequado para essas crianças”, justificou.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.