Você percebe os sintomas de estresse na sua pele?

Espinhas, desidratação, coceira... aponte esses sinais

Fonte: CENÁRIOMT

Você percebe os sintomas de estresse na sua pele?
Você percebe os sintomas de estresse na sua pele? FOTO:PIXABAY

Você percebe os sintomas de estresse na sua pele? Há um ditado popular que afirma que o rosto é o espelho da alma, e é isso, sem dúvida, quando estamos doentes, nosso rosto e nossa pele por extensão o manifestam.

Da mesma forma que há pessoas que vêem como, diante de um quadro de nervosismo ou ansiedade particulares , têm sintomas digestivos, ou dores de cabeça intensas, há quem veja como sua pele – do rosto, mas também do resto do corpo – torna-se o maior ‘dedo-duro’ para nos dizer que algo está errado e que temos que estar alertas. 

E, como insistem os dermatologistas, devemos ouvir o que nossa pele nos diz.

A pele, como indicador de um quadro de estresse

É assim que o estresse afeta a boca e os dentes
É assim que o estresse afeta a boca e os dentes
FOTO:PIXABAY

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A pele pode nos enviar sinais para indicar que estamos sofrendo de uma condição estressante? “As imagens de estresse se manifestam no corpo de diferentes maneiras, mesmo antes de percebermos que temos ansiedade. 

Por exemplo, afeta o sistema digestivo na forma de diarreia, prisão de ventre, má digestão, agravamento de doenças como Crohn ou colite ulcerativa, etc; é também um gatilho para enxaquecas, em pessoas que sofrem com elas, ou causa dores de cabeça se a mandíbula estiver muito apertada; e, claro, também se reflete na pele e no couro cabeludo”, nos antecipa o Dr. Miguel Sánchez Viera, diretor do Instituto de Dermatologia Integral.

Quais são esses sinais?

“A pele fica estressada, manifestando sintomas de patologias dermatológicas que temos ou controlamos com o aparecimento momentâneo de doenças que desaparecem após o momento de estresse”, conta-nos o especialista, que destaca que, entre os sintomas mais comuns, encontramos os seguintes :

-A pele fica mais desidratada, seca, sem brilho, flácida e com rugas mais acentuadas devido à desidratação.

-Também pode mostrar mais gordura.

-Aumenta a sua sensibilidade.

-Coceira pode aparecer.

-Afeta também o couro cabeludo, causando maior queda de cabelo do que o habitual (100-150 cabelos/dia).

-Aparecimento de cravos e espinhas.

-Descamação em partes do corpo onde não temos nenhum problema de pele, como as dobras interdigitais das mãos, nas asas do nariz, sob as sobrancelhas.

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-Pele que fica vermelha com um simples arranhão.

-Aparecimento de bolsas e olheiras se o estresse não nos permite descansar adequadamente.

“O motivo é que o estresse faz com que o sistema imunológico cutâneo não funcione adequadamente e o pH da pele seja alterado”, diz o médico.

Qual é a causa?

Perguntamos ao médico quais são as patologias de pele mais frequentes que podem ser causadas pelo estresse. “O estresse é um gatilho para surtos de patologias inflamatórias como acne, psoríase, rosácea e dermatite (atópica ou seborreica) e surtos de urticária. Por exemplo, as erupções de acne podem aparecer mesmo que o problema esteja sendo tratado, já que o estresse faz com que o cérebro secrete grandes quantidades de um hormônio chamado corticoprina, que faz com que as glândulas sebáceas secretem até 60% mais do que o normal”, explica o Dr. Sanches Viera.

“Por outro lado, o fluxo sanguíneo diminui, causando desidratação e flacidez. A razão é que o cérebro envia uma ordem para certos nutrientes presentes naturalmente na pele para que sejam transferidos para os músculos ‘caso eles tenham que agir rapidamente’ em resposta a esse estresse. A desidratação e o pior funcionamento do fluxo sanguíneo podem ser responsáveis ​​pelo agravamento de patologias que ocorrem com surtos como psoríase , rosácea ou dermatite atópica”, acrescenta o especialista.

“A camada hidrolipídica, que nos protege das agressões externas, está deteriorada, tornando-a mais suscetível a infecções virais (herpes simplex ou herpes zoster, verrugas plantares…), bacterianas (foliculite, abscessos cutâneos, furúnculos…) ou infecções fúngicas. pé, unha fungo, micose nas mãos ou couro cabeludo…)”, conta-nos, referindo que o stress também pode ser um gatilho para a queda de cabelo temporária (eflúvio telógeno). “Um diagnóstico e tratamento adequados fazem com que o cabelo recupere sua densidade normal após alguns meses”, comenta.

Como devemos proceder?

É importante ter clareza sobre como esses episódios de problemas de pele relacionados ao estresse devem ser tratados. “A partir do momento que o paciente sabe que está passando por um período de estresse ou ansiedade, ele deve se colocar nas mãos de um profissional para tratar essa patologia.. A melhoria desta significará também uma melhoria dos problemas a ela associados, sejam eles dermatológicos, digestivos ou neurológicos”, aponta o médico, que diz que, por sua vez, cada um dos problemas que aparecem na pele e no couro cabeludo devido ao estresse deve ser tratado sintomaticamente, ou seja, aplicando o tratamento indicado para cada patologia independentemente do desencadeador que a produziu, bem como preventivamente, orientando o paciente para que, caso volte a ocorrer, saiba como agir precocemente para que quando forem ao dermatologista o tratamento atue de forma mais rápida e eficaz.

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Redatora do portal CenárioMT, escreve diariamente as principais notícias que movimentam o cotidiano das cidades de Mato Grosso. Já trabalhou em Rádio Jornal (site e redação).