Arquiteto instala gangorras na cerca entre EUA e México

Fonte: G1

1 418

Dois professores universitários americanos instalaram gangorras que atravessam a cerca de ferro que separa os Estados Unidos do México.

O brinquedo fica em um trecho da fronteira entre El Paso (EUA) e Ciudad Juaréz (México) e é uma forma de unir, de uma forma “lúdica”, os dois países.

“O que é feito de um lado tem impacto no outro. E isso é o que a gangorra faz. Exatamente isso”, disse o arquiteto Ronald Rael, um dos idealizadores do brinquedo.

O conceito já tem dez anos, de acordo com o jornal “The Guardian”. Foi elaborado por Rael, que tem a cadeira de arquitetura da Universidade da Califórnia em Berkeley, e pela professora Virgínia San Fratello, do departamento de design da Universidade Estadual de San José, também na Califórnia.

As gangorras são pintadas em rosa-choque.

[Continua depois da Publicidade]

Imagens da instalação fizeram sucesso em redes sociais. Há vídeos curtos de adultos e crianças brincando com a cerca no meio.

Rael, um dos responsáveis pela obra, escreveu um texto no Instagram sobre a instalação no qual a descreve como uma das experiencias mais incríveis da carreira dele e da professora San Fratello.

“[Foi] um evento cheio de alegria, animação e união na fronteira. O muro virou literalmente o ponto de sustentação para as relações dos EUA com o México e crianças e adultos foram conectados de forma significante em ambos os lados com o reconhecimento de que as ações que acontecem em um lugar devem ter consequências diretas do outro. Incríveis ‘obrigados’ a todos que fizeram esse evento possível.”

O arquiteto também publicou, no Instagram, um segundo vídeo da gangorra. “A alegria que foi compartilhada neste dia em ambos os lados é algo que vai ficar comigo para sempre”, escreveu.

Em entrevista à agência France Presse, a mexicana Ailiana Vitela, que participou da instalação da gangorra do lado mexicano, declarou que “é muito triste que algo como uma barreira nos separe, porque há mexicanos do outro lado da fronteira assim como há americanos desse lado, e nos perguntamos o que podemos fazer para ver um ao outro”, disse.