Novo ensino médio: MEC começa hoje a ouvir alunos e professores em pesquisa por WhatsApp

Fonte: CENÁRIOMT COM R7

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Nesta segunda-feira (22), o MEC (Ministério da Educação) começa a ouvir alunos e professores sobre o novo ensino médio em novo estudo público pelo WhastApp.

A pesquisa quantitativa e qualitativa, aplicada por meio de questionário que aborda temas de todos os estados, é voltada para a comunidade escolar, que envolve estudantes, professores e gestores escolares e educacionais.

As pessoas serão selecionadas para a apuração por um instituto receberão um QR code pelo aplicativo de mensagens para participar.

A intenção do MEC é ouvir cerca de 100 mil pessoas. Críticos do novo ensino médio afirmam que as mudanças ampliam as desigualdades.

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Kandice Ferreira, 30 anos, professora de língua portuguesa do ensino público em Aratuba, no Ceará, gostaria de participar. E vê o estudo com bons olhos. “É importante consultar quem está à frente na sala de aula. Normalmente ficamos sabendo depois que [as pesquisas] são realizadas.”

O estudo é apenas uma das etapas da consulta pública aberta pelo MEC no dia 24 de abril, quando disponibilizou uma enquete na plataforma Participa + Brasil. Os interessados podem opinar até o dia 6 de junho por meio da conta no Gov.br.

Após o fim da consulta, a SASE (Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino) terá 30 dias para entregar um relatório para Camilo Santana, Ministro da Educação.

Além das pesquisas, o MEC também está realizando webnários, seminários, encontros e audiências públicas. O cronograma completo pode ser encontrado no site do mistério.

Novo ensino médio

O ministro suspendeu, no dia 5 de abril, a implantação do novo ensino médio, que deve ser reestruturado a partir das opiniões e dados coletados pelo MEC.

Kandice Ferreira, que dá aulas para o segundo ano do ensino médio, avalia que nem todas as escolas possuem estrutura para lecionar as trilhas de aprofundamento, como ciências da natureza e suas tecnologias e ciências humanas e sociais aplicadas.

Elas são escolhidas pelos alunos, dependendo da área que pretendem seguir no ensino superior. “A ideia é boa, mas na prática não está sendo proveitosa”, diz a professora, que vê o estudo de pontos da gramática e da literatura, combrados no Enem, sendo deixado de lado em alguns momentos. “É importante que o aluno tenha consciência do contexto cultural da literatura, saiba onde colocar uma vírgula e interpretar uma metáfora.”

Redatora do portal CenárioMT, escreve diariamente as principais notícias que movimentam o cotidiano das cidades de Mato Grosso. Já trabalhou em Rádio Jornal (site e redação).