Testes de QI brasileiros são confiáveis? Sociedade Internacional de Alto QI altera normas após inconsistências em testes no Brasil

"Esbarramos com testes cujo valor total de QI é extrapolado, não condiz com os resultados dos subtestes" afirmou a presidente da IIS Society, Sociedade Internacional de Alto QI

Fonte: MF Press Global

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Os testes de QI são o método mais usado atualmente para avaliar a inteligência e habilidades cognitivas. No entanto, os testes desse tipo aplicados no Brasil podem estar sofrendo interferências de diversos fatores que tornam seus resultados alterados. É o que foi identificado pela IIS Society, uma das principais Sociedades Internacionais de Alto QI.

Temos um comitê com profissionais de diferentes países para análise do teste de QI e esbarramos com testes cujo valor total de QI é extrapolado, não condiz com os resultados dos subtestes. Recebemos testes que não foram aplicados por neuropsicólogos, isso é crime em alguns países“.

Recebemos denúncias contra psicólogos e alertas para tomar cuidado com seus testes. Isso é completamente anormal de acontecer em qualquer outro país. É preciso entender bem o Brasil e como funciona. Respeito o país, mas deveria ser mais organizado”, afirmou a presidente da IIS Society, a canadense Stan Riha.

Novas regras por causa do Brasil

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A IIS Society, devido a esse tipo de inconsistência, alterou algumas normas para análise e aceite de novos membros. Confira as principais:

– A IIS Society aceita crianças com mais de 6 anos, mas não em todos os países;

– Aceite apenas de testes de QI supervisionados por profissionais com formação em psicologia e neuropsicologia, qualificados para aplicar testes de QI;

– Organização Perceptual e Compreensão Verbal precisam ser acima de 99 de percentil.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.