O que é a síndrome da menina boa?

Fonte: REDAÇÃO

Você tem a síndrome da boa menina? Explicamos como identificá-lo
Você tem a síndrome da boa menina? Explicamos como identificá-lo - por Pixabay

Está curioso, se sim, chegou no post certo para tirar todas as suas curiosidades sobre a síndrome da menina boa, ou Síndrome da boazinha, que geralmente ocorre mais em mulheres, embora os homens também possam sofrer e seja principalmente identificada quando a pessoa que a sofre coloca os desejos e necessidades dos outros antes dos seus próprios. Uma síndrome que normalmente está associada a pessoas que foram educadas rodeadas de bondade, mas que não tiveram de aprender a defender-se ou a cuidar de si próprias.

Estas pessoas normalmente chegam à idade adulta com essa personalidade complacente e com algum medo de se impor, falhar ou dar prioridade. E é que habitualmente desde a infância a sociedade habitua a construir uma imagem sobre nós próprios e sobre essa ideia de que devemos ser bons com todos para nos sentirmos aceites.

Uma imagem de nós mesmos baseada nos próprios valores da sociedade, pela qual habitualmente a pessoa sente essa necessidade de querer agradar constantemente a todos para não sair do molde socialmente aceito que lhe foi inculcado, mas a realidade é que conseguir isso é realmente impossível.

É precisamente neste ponto que a pessoa pode chegar a sentir-se excessivamente responsável pelo bem-estar dos outros e a perseguir esse ideal de perfeição impossível de alcançar.

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Quais são as características desta síndrome?

Antes de abranger suas características e aprender a identificá-lo, é importante mencionar que apesar de se identificar como síndrome da boa menina, não nos referimos a um transtorno em si mesmo, mas precisamente a um perfil que pode chegar a gerar uma falta de bem-estar psicológico e problemas para a pessoa que o sofre, justamente por essa autoexigência constante.

Para aprender a identificá-lo e lidar com ele, é importante saber reconhecer algumas de suas principais características:

  • Não saber dizer NÃO: Normalmente as pessoas que o sofrem aprenderam tanto a colocar as necessidades dos outros à frente das suas próprias, que não se vêem com capacidade ou direito de colocar limites ou simplesmente dizer NÃO.
  • Evitação de conflitos: Essa preocupação constante com os outros faz com que eles também tenham medo de machu-los. Precisamente isso somado a essa necessidade constante de manter uma imagem de boa pessoa perante o mundo, faz com que normalmente essas pessoas evitem conflitos e evitem se mostrarem zangadas.
  • Medo constante do fracasso: Para as pessoas com síndrome da menina boa, falhar nunca é uma opção válida. Na verdade, eles costumam viver com um medo constante de decepcionar os outros e falhar.
  • Muita dificuldade na tomada de decisões: A insegurança e as constantes dúvidas na tomada de decisões, é outra das principais características das pessoas que sofrem desta síndrome. Na verdade, eles vivem com um conflito interior constante, entre o que lhes dita sua própria personalidade e o que lhes dita essa necessidade constante de se conformar à imagem que a sociedade criou de si mesmos.
  • Auto-exigência constante para não sair do perfil: Não sair daquele perfil que a sociedade criou dessas pessoas, faz com que eles se auto-machaqueem constantemente para não sair desse molde. Um aspecto que podem levar tanto à sua vida pessoal como ao trabalho, de casal, académica, social…

Como lidar com a síndrome da boa menina?

Uma das principais chaves para superar esta síndrome e deixar de lado todas e cada uma das suas características que a definem, é que a pessoa aprenda a defender-se por si mesma, aprenda também a assumir o controlo da sua vida e comece a priorizar as suas próprias necessidades e interesses.

Uma série de chaves e dinâmicas não exatamente fáceis de adotar para as pessoas que sofrem desta síndrome, especialmente por causa daqueles valores constantes que desde a infância vêm implícitos na sociedade e no nosso próprio círculo.

Precisamente por isso, colocar-se nas mãos de algum especialista ou especialista em psicologia pode ajudar precisamente a reconhecê-lo e adotar dinâmicas que ajudem a reforçar essa auto-estima e essa importância de trabalhar com o nosso próprio diálogo interno.

Aumentar a auto-estima, desenvolver habilidades assertivas, deixar de lado esse medo de não agradar a todos, deixar de se julgar ou de dar valor excessivo às necessidades dos outros, é justamente o que você vai precisar para deixar essa síndrome de lado e melhorar seu bem-estar psicológico de uma vez por todas.

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