Gretchen passa por cirurgia para retirar o útero. Entenda como funciona o procedimento

Fonte: MF Press Global

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A cantora Gretchen passou, na manhã desta terça-feira (20/02), por uma cirurgia para a remoção do útero. O procedimento foi realizado pouco depois da artista ser diagnosticada com adenomiose.

A cantora acalmou os fãs com um post nas redes sociais e alertou para a necessidade de cuidados preventivos para as mulheres.

O que é adenomiose?

A adenomiose é uma condição benigna, que ocorre mais frequentemente em idade fértil, caracterizada pela presença de células do endométrio infiltradas no músculo uterino, chamado miométrio. O endométrio é o tecido que reveste a cavidade uterina, onde o embrião se fixa no início da gestação, ao final de um ciclo menstrual, quando não ocorre gestação, há uma descamação desse tecido, resultando na menstruação. A adenomiose ocorre quando as células do endométrio invadem o miométrio.

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Assim como na endometriose, esse tecido de glândulas que fica entre as fibras musculares uterinas, responde aos estímulos hormonais, cresce na primeira fase do ciclo da mulher e sangra na segunda fase, causando dores.

Como é feito o tratamento de adenomiose?

De acordo com o especialista em ginecologia e obstetrícia, Dr. Alexandre Silva e Silva, assim como no caso de Gretchen, o tratamento da doença depende muito da fase da vida, desejos e objetivos de cada mulher.

“Em uma mulher que ainda deseja gestar, o tratamento mais adequado é um bloqueio hormonal, para que a doença regrida e fique inativa, seguida de um procedimento de reprodução assistida para que a gestação seja obtida antes que a doença retorne à atividade. Para aquelas que já exerceram a maternidade a histerectomia pode ser uma forma de tratamento definitivo para o problema. Para as pacientes menopausadas, uma atenção especial deve ser tomada antes do início da reposição hormonal. O histórico ou diagnóstico prévio da doença deve ser levado em consideração, para que após o início da reposição a adenomiose não volte à atividade e passe a causar sintomas”, explica Dr. Alexandre Silva e Silva.

O que aumenta o risco de adenomiose?

Alguns fatores também indicam que a adenomiose pode se manifestar com mais frequência em mulheres que foram submetidas a curetagens uterinas, explica Dr. Alexandre Silva e Silva.

“A adenomiose parece ser mais frequente na população de mulheres que passaram por curetagens uterinas, que é um procedimento realizado após perdas gestacionais (abortamentos). Aparentemente a raspagem excessiva da cavidade uterina para remoção dos restos ovulares, danifica a camada de junção entre músculo e endométrio, levando tecido endometrial para o interior da musculatura e promovendo a incidência da doença”.

“Após a menopausa, e a ausência da produção hormonal dos ovários, a tendência é que a doença fique “adormecida”, inativa. Porém, ao realizar terapia de reposição hormonal, esses focos de adenomiose podem ser novamente estimulados e voltarem a causar sintomas”, afirma o Dr. Alexandre Silva e Silva.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.