Um vídeo que circulou na semana passada mostra uma cobra sucuri que, de acordo com populares, teria morrido engasgada ao tentar devorar um cachorro. Veja o vídeo abaixo.
O produtor rural Bento Gonçalves, 75 anos, foi quem presenciou o flagrante da cobra sucuri, já morta dentro do rio, e com o cachorro em estado de decomposição, em sua boca.
O flagrante aconteceu na zona rural do município de Duerá, em Tocantins (TO).
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De acordo com o proprietário da terra, o cachorro que foi morto pela sucuri é filhote da raça Americana e estava desaparecido por alguns dias. Os donos do cachorro acreditam que a sucuri não deu conta de engolir o cachorro após abatê-lo e por isso, acabou morrendo engasgada.
Porém, para o Biólogo Henrique Abrahão, especialista em estudo do comportamento de cobras sucuris, muito provável que a causa da morte da anaconda não tenha sido essa.
O biólogo explica que a sucuri é capaz de ingerir animais bem maiores que um cachorro e não teria dificuldade nenhuma em devorar o filhote encontrado por Bento.
Assista ao vídeo com as explicações do Biólogo Henrique Abrahão:
Quem são as sucuris?
De habito semiaquático, as cobras sucuris (Eunectes) são endêmicas da América do Sul e podem ser divididas em quatro espécies:
Eunectes notaeus, a sucuri-amarela, endêmica da zona do Pantanal; Eunectes murinus, a sucuri-verde, a maior e mais conhecida, ocorrendo em áreas alagadas da região do Cerrado e da Amazônia, sendo que, neste último bioma, os animais costumam alcançar tamanhos maiores; Eunectes deschauenseei, a sucuri-malhada, ocorre na Ilha de Marajó e na Guiana Francesa, bem como em algumas outras partes da Amazônia e Eunectes beniensis, a sucuri-da-bolívia.
Uma das principais características das cobras sucuris, além do tamanho que chama a atenção, é o dimorfismo sexual, ou seja, nas quatro espécies, as fêmeas são maiores que os machos.
Quando está no período de acasalamento, a sucuri libera feromônios para atrair machos para reprodução, o que pode resultar na aproximação de vários machos. A fêmea acaba por escolher apenas um para se reproduzir.
As fêmeas ganham o benefício direto de uma refeição rica em proteína pós-copulatória quando consomem seus parceiros, juntamente com o benefício indireto de recursos adicionais para usar na formação da prole.
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