Português de Portugal está se ‘abrasileirando’? Saiba como as expressões brasileiras estão sendo incorporadas no país

Fonte: MF Press Global

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Nos últimos anos a presença de brasileiros em Portugal tem sido cada vez maior devido a uma série de incentivos, acordos entre os dois países e questões políticas que estimularam essa migração.

No entanto, com a presença cada vez maior da cultura brasileira em Portugal, a língua já apresenta mudanças influenciadas pelo processo.

Palavras usadas no português brasileiro como “grama”, “geladeira”, “ônibus”, entre outras têm sido vistas com frequência na fala de portugueses, substituindo termos como “relva”, “frigorífico” e “autocarro”, respectivamente, assim como expressões em gerúndio e gírias e termos como “curtir”, “e aí”, “estar p*ta da vida”, “um meio termo”, “fofoca”, entre outros.

Essas mudanças são notadas principalmente entre crianças e adolescentes.

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No entanto, portugueses mais velhos – adultos e idosos – não estão satisfeitos com essas incorporações linguísticas, como afirma um levantamento realizado pela agência de comunicação MF Press Global, a assessoria da Camara e Terras.

A influência cultural é muito importante nesse caso, principalmente quando se nota a predominância da incorporação de termos entre crianças e adolescentes, por terem maior contato com produtos brasileiros, que possuem grande relevância no país, como novelas e conteúdos de influencers digitais e youtubers.

Apesar disso, essas mudanças não devem afetar tão fortemente o português de Portugal no curto prazo, uma vez que mudanças profundas na linguagem precisam de muitos anos para serem realmente incorporadas à língua.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.