Cinto de segurança: 76 das 105 pessoas que morreram em acidentes em rodovias em um mês não usavam proteção, diz estudo

Fonte: JORNAL HOJE

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Brasil perdeu cerca de R$ 13 bilhões por causa de acidentes nas rodovias federais, no ano passado. O valor é quase o dobro dos investimentos públicos na malha rodoviária, e o cálculo do prejuízo leva em conta vários fatores, como os gastos nos hospitais, conserto de equipamentos da via e até a perda de capacidade produtiva.

Só em 2022, foram registrados 64 mil acidentes; 53 mil deles acabaram com feridos ou mortos. O Carnaval é o feriado com mais acidentes e a colisão entre carros é o tipo de acidente mais frequente, e os homens são a maioria das vítimas.

Um estudo feito por uma concessionária mostra que muitos ferimentos graves poderiam ser evitados – e até vidas salvas – se motoristas e passageiros usassem o cinto de segurança. A lei que tornou obrigatório o uso do cinto de segurança tem 25 anos, mas ainda há desrespeito.

Durante um mês, 137 mil veículos foram observados nos pedágios da BR-116 em São Paulo e em trechos da BR-376 e BR-101 nos estados do Paraná e Santa Catarina; um quinto dos ocupantes dos veículos estavam sem o cinto.

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Entre as pessoas no banco de trás dos carros, 37% estavam sem o cinto de segurança e 33% dos motoristas de caminhão viajavam sem a proteção.

O desrespeito a lei pode ser fatal. Das 105 pessoas que morreram em acidentes no período da pesquisa, 76 estavam sem o cinto.

Mesmo com as campanhas pelo uso do cinto, Polícia Rodoviária Federal multou, em 2022, 250 mil motoristas, 20% a mais do que em 2021.

“Quando uma pessoa está sem cinto de segurança dentro do veículo, o risco de acidente grave é muito maior. Por quê? Em uma colisão, essa pessoa pode ser arremessada ou pode até ferir outras pessoas que estão dentro do próprio veículo. Por isso que é importante o uso do cinto por todos os ocupantes do veículo”, alerta Fernanda Souza Carlos, chefe do núcleo de comunicação social da PFR de SP.

Redatora do portal CenárioMT, escreve diariamente as principais notícias que movimentam o cotidiano das cidades de Mato Grosso. Já trabalhou em Rádio Jornal (site e redação).