O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que não permitirá qualquer tipo de tumulto no andamento do processo sobre a suposta tentativa de golpe. Em decisão divulgada nesta segunda-feira (30), ele rejeitou o pedido dos advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro para incluir documentos relacionados ao ex-ajudante de ordens Mauro Cid no processo que envolve o chamado núcleo 1 da investigação.
A defesa de Bolsonaro alegou que Cid mentiu ao dizer, em depoimento ao STF, que não havia utilizado redes sociais para se comunicar com outros investigados e seus advogados. Dados enviados por empresas de tecnologia confirmaram que um perfil no Instagram foi criado com um e-mail vinculado ao nome de Cid.
No despacho, Moraes declarou que a solicitação será examinada no “momento adequado”, reforçando que pedidos com objetivo de atrasar o processo não serão aceitos. Ele enfatizou que o curso da ação penal seguirá normalmente.
Na semana anterior, Moraes havia definido um prazo de 15 dias para que as defesas de Bolsonaro e de outros sete acusados apresentassem suas alegações finais. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também terá o mesmo prazo para se manifestar. Após essa etapa, caberá ao ministro marcar a data do julgamento que decidirá sobre condenações ou absolvições.