Até o Zé Mané fraudou a previdência em Mato Grosso

Fonte: DA REDAÇÃO - DEU NO FANTÁSTICO

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© Polícia Federal/ Divulgação

O esquema milionário usava documentos falsos em nomes de indígenas para criar aposentados, que sacavam o dinheiro e até pediam empréstimos consignados.

Uma quadrilha suspeita de fraude na Previdência Social foi descoberta em uma operação da Polícia Federal em Mato Grosso. O esquema milionário envolvia o uso de documentos falsos em nomes de indígenas para criar aposentados, que sacavam o dinheiro e até solicitavam empréstimos consignados.

Durante a operação da Polícia Federal em Barra da Garça, Mato Grosso, foram recolhidos materiais em cartórios, escritórios da Funai e até em empresas de empréstimo consignado. Estes materiais continham nomes diversos, que estão sob investigação.

De acordo com as investigações, há indícios de uma fraude na Previdência que causou um prejuízo de R$ 64 milhões aos cofres públicos. Esse dinheiro foi utilizado para pagar aposentadorias desde 2015 até o presente momento.

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Segundo a Polícia Federal, o esquema iniciava na Funai de Primavera do Leste, cidade localizada no Mato Grosso, com a emissão do registro administrativo de nascimento de indígenas.

Até o Zé Mané conseguiu empréstimo de 40 mil

Um caso que chamou a atenção da polícia envolve o registro de um falso indígena com o nome “Zé Mané”. Mesmo sendo uma identidade fictícia, ele possui carteira de identidade e até título de eleitor.

Fraude na Previdência Social: esquema criava aposentados fakes como o 'Zé Mané' em Mato Grosso
Fraude na Previdência Social: esquema criava aposentados fakes como o ‘Zé Mané’ em Mato Grosso – imagem TV Centro América

De acordo com a investigação, utilizando esses documentos, além de obter a aposentadoria, “Zé Mané” também conseguiu cerca de 40 mil reais em empréstimos consignados.

A Polícia Federal ainda irá apurar se os indígenas faziam parte da quadrilha ou se foram utilizados como laranjas no esquema. A punição deles dependerá da interpretação do juiz, que avaliará o nível de envolvimento de cada um com a sociedade.

A Federação dos Povos Indígenas de Mato Grosso ressalta a necessidade de investigação, já que não teve acesso ao inquérito e aos indígenas envolvidos. Portanto, ainda não se sabe o grau de conhecimento e consciência desses crimes.

Todos os investigados podem responder pelos crimes de falsificação de documentos, estelionato previdenciário, associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação do Governo Federal. A pena máxima pode chegar a 15 anos de prisão.

Veja o vídeo da reportagem AQUI.

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