O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Nelson Ribeiro Fonseca Júnior a 17 anos de prisão por participação nos ataques de 8 de janeiro de 2023 e pelo furto de uma bola autografada por Neymar, retirada do museu da Câmara dos Deputados durante a invasão.
O julgamento aconteceu no plenário virtual da Primeira Turma e foi concluído nesta segunda-feira (30). A Corte também impôs o pagamento de R$ 30 milhões em indenização pelos danos causados à sede dos Três Poderes, valor que será dividido entre os envolvidos nos atos.
O relator Alexandre de Moraes, junto aos ministros Flávio Dino e Cármen Lúcia, votou pela pena de 17 anos. Houve divergência: Cristiano Zanin defendeu 15 anos, enquanto Luiz Fux propôs cinco anos e seis meses de reclusão.
As acusações incluem abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado, associação criminosa e furto qualificado.
Em sua defesa, Nelson Ribeiro afirmou ter encontrado a bola no chão e disse que a pegou para devolvê-la. Ele se apresentou à Polícia Federal em Sorocaba (SP) no dia 28 de janeiro de 2023, devolvendo o objeto. A defesa sustentou que houve cerceamento de defesa e que o STF não teria competência para julgar o caso.