Projeto de Lei Antifacção endurece penas e amplia combate a facções criminosas

O presidente Lula enviou ao Congresso o projeto de Lei Antifacção, com medidas para intensificar a repressão às organizações criminosas e fortalecer o Estado.

Fonte: CenárioMT

Projeto de Lei Antifacção endurece penas e amplia combate a facções criminosas
Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou nesta sexta-feira (31) ao Congresso Nacional, em regime de urgência, o projeto de Lei Antifacção, que busca reforçar o combate às organizações criminosas que controlam territórios e atividades econômicas.

Segundo Lula, a proposta é uma prioridade do governo e visa endurecer as penas contra facções criminosas. O presidente destacou que a iniciativa protege a população mais vulnerável e fortalece os mecanismos do Estado para enfrentar essas organizações.

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que o projeto atende às demandas da sociedade e do Parlamento, incluindo a classificação de crimes cometidos por facções como hediondos.

Principais medidas e aumento de penas

  • Homicídios por facções podem gerar penas de 12 a 30 anos.
  • Atos para controlar territórios ou atividades econômicas com violência passam a ter penas de 8 a 15 anos.
  • Aumento de pena se houver ligação com outras organizações, transnacionalidade, domínio territorial ou prisional, ou mortes/lesões de agentes de segurança.

O projeto também prevê fortalecimento das investigações e responsabilização legal de membros de facções, permitindo infiltração de policiais e colaboradores, acesso judicial a dados de geolocalização e criação do Banco Nacional de Facções Criminosas.

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Medidas para reduzir o poder econômico e operacional das facções

  • Apreensão de bens em favor da União e intervenção judicial em empresas usadas para crimes.
  • Bloqueio de operações financeiras e suspensão de contratos com o poder público.
  • Monitoramento de encontros de membros de facções em presídios e transferência de presos em casos de motins ou rebeliões.
  • Cooperação internacional da Polícia Federal e participação do setor privado em investigações.
  • Impedimento de réus condenados de contratar com o poder público ou receber incentivos fiscais por até 14 anos.

Lula destacou a necessidade de tramitação rápida no Congresso, reforçando que a lei oferecerá instrumentos para proteger órgãos públicos da atuação de facções criminosas.

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Graduado em Jornalismo pelo Unasp (Centro Universitário Adventista de São Paulo): Base sólida em teoria e prática jornalística, com foco em ética, rigor e apuração aprofundada.