O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (29) que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste em cinco dias sobre o pedido de soltura do general Braga Netto.
General da reserva e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, Braga Netto está preso desde dezembro do ano passado acusado de obstruir investigações sobre uma tentativa de golpe de Estado que buscava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele também integra o núcleo principal de réus que terá julgamento iniciado na próxima terça-feira (2).
No dia 6 deste mês, Moraes manteve a prisão do militar, destacando indícios de sua participação no plano golpista.
“Ressalto que estão presentes os requisitos do art. 312 [CPP] em relação a Walter Souza Braga Netto, o que justifica a manutenção da custódia cautelar para assegurar a aplicação da lei penal e resguardar a ordem pública, em face do perigo gerado pelo estado de liberdade do custodiado e dos fortes indícios da gravidade concreta dos delitos imputados”, afirmou Moraes.
Investigações da Polícia Federal revelaram que Braga Netto tentou acessar dados sigilosos da delação de Mauro Cid, ex-assessor de Bolsonaro, durante a trama golpista.
Após a prisão, a defesa negou que o general tenha atrapalhado o andamento das investigações.