O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, declarou nesta quinta-feira (11) que o julgamento da ação penal envolvendo a trama golpista marca o encerramento de ciclos de atraso na história brasileira.
O pronunciamento foi feito ao final da sessão da Primeira Turma da Corte que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados por tentativas de reverter o resultado das eleições de 2022. Embora não tenha participado da votação, Barroso esteve presente no julgamento.
O ministro ressaltou que a história do Brasil é marcada por rupturas institucionais e que o fim do julgamento simboliza o fechamento desse ciclo.
“Acredito que nós estejamos encerrando os ciclos do atraso na história brasileira, marcados pelo golpismo e pela quebra da legalidade constitucional. Sou convencido que algumas incompreensões de hoje irão se transformar em reconhecimento futuro”, afirmou.
Barroso classificou o julgamento como um divisor de águas e enfatizou que não houve perseguição política contra os condenados.
“Tratou-se de um julgamento público, transparente, com devido processo legal, baseado em provas diversas, vídeos, textos, mensagens e confissões”, comentou.
O presidente do STF também afirmou que nenhum ministro sai satisfeito do julgamento, mas que a Corte cumpriu sua missão institucional.
“Ninguém sai hoje daqui feliz. Mas, a gente deve cumprir com coragem e serenidade as missões que a vida nos dá”, completou.
Placar
Por 4 votos a 1, o STF condenou Bolsonaro e sete aliados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado.
A maioria dos réus recebeu penas superiores a 20 anos de prisão em regime fechado. No entanto, as prisões não serão imediatas, pois os condenados ainda podem recorrer da decisão.
















