Barroso afirma que julgamento marca fim de ciclo do atraso no Brasil

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, declarou que a condenação de Bolsonaro e aliados representa um marco na história institucional do país.

Fonte: CenárioMT

Barroso afirma que julgamento marca fim de ciclo do atraso no Brasil
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, declarou nesta quinta-feira (11) que o julgamento da ação penal envolvendo a trama golpista marca o encerramento de ciclos de atraso na história brasileira.

O pronunciamento foi feito ao final da sessão da Primeira Turma da Corte que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados por tentativas de reverter o resultado das eleições de 2022. Embora não tenha participado da votação, Barroso esteve presente no julgamento.

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O ministro ressaltou que a história do Brasil é marcada por rupturas institucionais e que o fim do julgamento simboliza o fechamento desse ciclo.

“Acredito que nós estejamos encerrando os ciclos do atraso na história brasileira, marcados pelo golpismo e pela quebra da legalidade constitucional. Sou convencido que algumas incompreensões de hoje irão se transformar em reconhecimento futuro”, afirmou.

Barroso classificou o julgamento como um divisor de águas e enfatizou que não houve perseguição política contra os condenados.

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“Tratou-se de um julgamento público, transparente, com devido processo legal, baseado em provas diversas, vídeos, textos, mensagens e confissões”, comentou.

O presidente do STF também afirmou que nenhum ministro sai satisfeito do julgamento, mas que a Corte cumpriu sua missão institucional.

“Ninguém sai hoje daqui feliz. Mas, a gente deve cumprir com coragem e serenidade as missões que a vida nos dá”, completou.

Placar

Por 4 votos a 1, o STF condenou Bolsonaro e sete aliados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado.

A maioria dos réus recebeu penas superiores a 20 anos de prisão em regime fechado. No entanto, as prisões não serão imediatas, pois os condenados ainda podem recorrer da decisão.

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Graduado em Jornalismo pelo Unasp (Centro Universitário Adventista de São Paulo): Base sólida em teoria e prática jornalística, com foco em ética, rigor e apuração aprofundada.