O ministro Alexandre de Moraes apresentou nesta terça-feira (9) uma lista de 13 atos executórios que, segundo seu voto, comprovam a existência de uma organização criminosa golpista coordenada para tentar manter Jair Bolsonaro no poder. Relator da ação, Moraes foi o primeiro a se manifestar no julgamento.
Entre os pontos destacados estão o uso de órgãos públicos para monitorar adversários, ameaças à Justiça Eleitoral, discursos com ataques ao Judiciário e a tentativa de desacreditar o sistema eleitoral perante diplomatas estrangeiros. Também foram citados o bloqueio de rodovias pela Polícia Rodoviária Federal durante o segundo turno de 2022, a utilização das Forças Armadas para questionar a urna eletrônica e a elaboração da chamada “minuta do golpe”.
O voto de Moraes ainda relaciona os atos de violência em Brasília, incluindo o atentado a bomba no aeroporto e os ataques de 8 de janeiro de 2023 à Esplanada dos Ministérios. Segundo o ministro, houve planejamento de operações militares e até de um gabinete de crise para após a consumação do golpe.
Próximos passos
O julgamento, retomado nesta terça-feira, pode condenar Bolsonaro e outros sete aliados por tentativa de golpe para anular o resultado das eleições de 2022. A denúncia foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República e aponta o grupo como núcleo central da trama. Até sexta-feira (12), devem votar, além de Moraes, os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma.


















