O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (12) que visitas a Jair Bolsonaro só poderão ser solicitadas pela defesa do ex-presidente.
A medida foi anunciada na decisão que autorizou Bolsonaro a deixar a prisão domiciliar no próximo sábado (16) para realizar exames médicos em Brasília. Moraes autorizou também a visita de quatro aliados, mas ressaltou que os pedidos devem partir exclusivamente da defesa, não sendo aceitos protocolos individuais.
Segundo o ministro, o interesse de Bolsonaro em receber visitas tem sido manifestado por meio de petições apresentadas por seus advogados. Assim, solicitações feitas por terceiros, sem aval da defesa, foram rejeitadas. Entre os políticos que tiveram pedidos negados estão o senador Carlos Portinho (PL-RJ) e o deputado Nicoletti (União-RR).
Desde 4 de agosto, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar e está com visitas restritas em sua residência, em um condomínio de Brasília. A decisão foi tomada após Moraes entender que o ex-presidente usou redes sociais de familiares para burlar proibições judiciais.
As medidas integram o inquérito que investiga o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por suposta articulação com o governo de Donald Trump para retaliar autoridades brasileiras. O ex-presidente é investigado por ter enviado recursos via pix para financiar a estadia do filho nos Estados Unidos e também responde a ação penal relacionada a uma trama golpista, cujo julgamento está previsto para setembro.

















