Você sente coceira vaginal? Saiba quais podem ser as causas

É um motivo muito frequente de consulta ao ginecologista e pode ser devido a inflamações infecciosas e outras que não são.

Fonte: CENÁRIOMT

Você sente coceira vaginal? Saiba quais podem ser as causas
Você sente coceira vaginal? Saiba quais podem ser as causas FOTO:PIXABAY

O fato é irrefutável: muitas mulheres sofrem de coceira na região íntima. Mas nos perguntamos se estamos diante de um problema subdiagnosticado, talvez pela modéstia que podem sentir ao fazer tal consulta. “A coceira vaginal é um sintoma muito comum em mulheres, tanto em adultos quanto em meninas. É a causa mais frequente de consulta ginecológica ”, confirma a Dra. Olga Salas, ginecologista especializada em Patologia do trato genital inferior de Dexeus Mujer.

Perguntamos ao especialista quais são as causas mais comuns que podem causar coceira vaginal. “A causa mais frequente de prurido vulvar geralmente é a vulvovaginite, que é a inflamação da mucosa vaginal, pele e mucosa vulvar. Pode ser por causa infecciosa ou não”, conta o médico. 

E esclarece que a vulvovaginite geralmente se apresenta com eritema ou edema, com aumento da quantidade de corrimento vaginal que muda de cor e também o cheiro, e isso está associado à presença de desconforto no nível vulvar ou vaginal na forma de coceira ou irritação, que pode ser exacerbada em determinadas situações, como na relação sexual.

“Existem três principais agentes infecciosos que causam vulvovaginite infecciosa: fungos, gardnerella e tricomonas, que são isolados em até 90% dessas infecções”, conta.

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Causa não infecciosa de coceira vaginal

O especialista acrescenta ainda que uma pequena parte das inflamações vulvovaginais pode ser de causa não infecciosa, motivada por:

  • Substâncias químicas ou tecidos que causam fenômenos alérgicos locais (espermicidas, roupas íntimas apertadas, produtos de higiene íntima…).
  • fatores térmicos .
  • Traumatismos (corpos estranhos…).
  • Hormonal (atrofia vaginal por hipoestrogenismo…).
  • fatores neoplásicos.
  • Iatrogênico ou algum tipo de efeito adverso quando tratado em hospitais (DIU, pessários, produtos químicos…)

“Inflamações não infecciosas podem eventualmente favorecer a colonização por germes patogênicos, pois podem facilitar alterações na microflora vulovaginal e quebrar o equilíbrio existente. A flora vaginal desempenha um papel importante na prevenção de infecções do trato genital feminino. Os lactobacilos são os microrganismos predominantes na flora vaginal normal, embora não sejam os únicos. Qualquer alteração nessa flora pode favorecer o crescimento ou a superinfecção por outros microrganismos patogênicos com os sintomas que os acompanham”, explica o ginecologista.

E esclarece, além disso, que, em menor porcentagem, também há dermatite da pele vulvar : atopia, psoríase, líquen escleroatrophicus, líquen plano… E mais raramente, pode ser um sintoma de câncer vulvar (em muito maior) .

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Redatora do portal CenárioMT, escreve diariamente as principais notícias que movimentam o cotidiano das cidades de Mato Grosso.