‘Você prefere usar máscara ou ser entubado?’, afirma secretário de Saúde ao cobrar uso de equipamento de proteção

Fonte: G1 MT

1 138
Foto: Matheus Guimarães/Arquivo Pessoal

O secretário de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, foi entrevistado no MT1 desta quarta-feira (8), em Cuiabá. Além de criticar o fato dos moradores não estarem se protegendo em casa, ele falou sobre as medidas do governo para conter o avanço da epidemia do coronavírus em Mato Grosso.

Na semana passada o governo lançou a campanha “Eu cuido de você e você cuida de mim”, determinando que toda a população do estado use máscaras de proteção contra a infecção pelo coronavírus, a partir do dia 13 de abril.

Gilberto diz que tem ‘brincado’ com as pessoas ao perguntar ‘se preferem usar máscara ou serem entubadas’. Para o secretário, o isolamento em casa e o uso de máscaras podem ajudar o estado a controlar o número de mortes e infectados pela doença.

Recentemente o governo fez uma parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Mato Grosso (Senai/MT) para a produção de um milhão de máscaras descartáveis por mês para a rede pública de saúde.

[Continua depois da Publicidade]

Sobre falta de respiradores, o secretário diz que o problema é mundial. O governo comprou respiradores da China que estão a caminho de Mato Grosos.

“Antes da epidemia eu adquiri respiradores por R$ 45 mil e hoje são vendidos a R$ 200 mil. As fábricas nacionais estão produzindo exclusivamente para o Ministério da Saúde. Os fabricantes estão na China e na Índia”, explicou.

Ainda conforme o secretário, a Secretaria de Saúde de Mato Grosso recebe, por semana, 100 testes para coronavírus enviados pelo Ministério da Saúde (MS). Ele afirma que não há testes suficientes para os moradores de todo o estado.

O governo adquiriu, por fora do MS, 10 mil testes e outros 20 mil kits de testes rápidos.

“É quase uma loteria [fazer o teste]. Você precisa apresentar os sintomas para o teste ter utilidade. Vamos usar os testes rápidos para monitorar os servidores da saúde que estão na linha de frente e para o paciente que chega ao pronto atendimento com sinais parecidos [com o coronavírus]”, declarou.