CTECNO Araguaia abre as portas para uma nova fronteira agrícola em Mato Grosso

Fonte: Assessoria

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Foto: Lumiere Studio

Um solo de difícil trabalho e que precisa de aprimoramento nas formas de manejo para determinados cultivares. Assim é o solo siltoso, um tipo existente em Mato Grosso e que se mostra uma nova fronteira para o agronegócio. Por isso, a Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) desenvolve as pesquisas no CTECNO Araguaia, na região que fica entre Água Boa, Canarana e Nova Nazaré buscando a melhor forma de garantir a rentabilidade nesse solo.

Nessa quinta-feira (25.04) ocorreu o Dia de Campo, que é a oportunidade de mostrar aos produtores rurais o trabalho analítico que vem sendo realizado. Na edição, foram abordados os riscos climáticos e o planejamento agrícola de implementação de culturas na segunda safra.

Jorge Diego Giacomelli, 2º diretor administrativo da Aprosoja-MT, lembra que a área de pesquisa da entidade foca em um solo cujo trabalho é muito dificultoso, afinal, é um solo que tem pouco armazenamento de água e isso gera uma potencialidade de ter mais déficit hídrico para a cultura. Contudo, tem pouca pesquisa voltada para esse campo. A instituição, então, montou a estação experimental para trazer aos produtores da região e para essa nova fronteira de produção agrícola do Estado, uma pesquisa focada para o trabalho com o solo siltoso.

Luiz Pedro Bier, vice-presidente da Aprosoja-MT, avaliou que a edição com milho safrinha, no CTECNO, é a mais importante, para mostrar ao produtor como fazer uma segunda safra nessa região com muito silte.

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 “A intenção, com esse centro de pesquisa, é viabilizar essa segunda safra na região, e foi uma escolha acertada fazer o centro aqui, na região do Araguaia, onde há uma gama de oportunidades para os produtores rurais”, disse.

Visita ao CTECNO

O evento técnico de segunda safra falou sobre os projetos desenvolvidos atualmente no Centro e o que ainda virá. Luiz Pedro Bier adiantou a recuperação das nascentes existentes na área adquirida pela entidade e a pesquisa sobre os porcos-do-mato nas lavouras.

André Somavilla, coordenador do CTECNO Araguaia, enumerou que também foram abordados: a mecanização da agricultura, a necessidade de uso e a qualidade dos fertilizantes, além do risco climático para a segunda safra na região do Vale do Araguaia, principalmente, o milho. 

Participando pela primeira vez do CTECNO, Rafael Battisti, professor da Universidade Federa de Goiás (UFG), foi um dos palestrantes nas estações de trabalho e definiu o centro como uma estação experimental de excelência, com análise de solo, das rotações de cultura, inclusive, associados às condições climáticas para aumentar o potencial produtivo das culturas principais. 

“O planejamento agrícola é essencial para avaliar as condições climáticas e a partir disso ter uma análise de risco climático. Com essas informações, a gente tem aqui na estação experimental, a análise de diferentes híbridos de milho que podem ter um potencial de serem utilizados em anos de maior risco climático. Além disso, vamos trabalhar também qual a data limite para o plantio do milho safrinha, em função das condições climáticas e a partir de então, identificar culturas alternativas ao milho safrinha dentro das análises experimentais feitas no CTECNO”, detalhou. 

Arlindo Cancian, associado ao Núcleo de Canarana, esteve presente no evento e reforçou a importância dos demais produtores rurais também participarem.

“Certamente, o produtor precisa vir participar. É importantíssimo esclarecer as suas dúvidas e ver o que pode ser aplicado em sua propriedade.”

É formado em Jornalismo. Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre política, economia e esporte regional.