Mato Grosso abriga maior cratera de asteroide da América do Sul

Fonte: CENÁRIOMT

Mato Grosso abriga maior cratera de asteroide da América do Sul
Mato Grosso abriga maior cratera de asteroide da América do Sul

Mato Grosso, um estado brasileiro vasto e repleto de belezas naturais, é lar da maior cratera de asteroide já formada na América do Sul. Este evento impactante ocorreu há cerca de 250 milhões de anos, deixando para trás uma cicatriz impressionante de 40 quilômetros de diâmetro, abrangendo aproximadamente 1,3 mil quilômetros quadrados. Para se ter uma ideia de sua magnitude, a região da cratera poderia facilmente abrigar a região metropolitana de São Paulo.

Localizada na área de colisão do asteroide, essa notável formação abrange partes de três cidades em Mato Grosso e três em Goiás. Uma das cidades mais próximas da cratera é Araguainha, que em 2021 tinha apenas 1.010 habitantes, classificando-a como o quarto município menos populoso do Brasil. A população economicamente ativa na cidade era de 13,8% em relação ao total, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A economia de Araguainha, na época de uma reportagem da BBC Brasil em 2018, estava fortemente ligada ao setor público, com cerca de um em cada cinco moradores trabalhando no serviço público. O turismo ainda não havia sido explorado como uma fonte de renda significativa para a cidade.

Em setembro de 2023, o Ministério Público Federal (MPF) realizou uma inspeção em Araguainha para avaliar os possíveis impactos socioambientais decorrentes da construção da rodovia estadual MT-100, que poderia afetar a região. A implementação dessa estrada tem o potencial de impulsionar o turismo local.

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Uma das discussões durante a visita envolveu a criação de um geoparque na região, impulsionando ainda mais o turismo. O Domo de Araguainha é um dos sítios geológicos brasileiros listados como um dos “The first 100 IUGS Geological Heritage Sites” pela International Union of Geological Sciences (IUGS), tornando-o ainda mais atraente para o ecoturismo.

O termo “domo” refere-se aos círculos formados pelas montanhas na região central de Araguainha. A colisão de um asteroide que ocorreu há 250 milhões de anos, na primeira fase da era Mesozoica, possivelmente provocou a maior extinção de vida na Terra, de acordo com alguns estudos.

Na época, os dinossauros ainda não existiam, mas répteis e anfíbios já habitavam o planeta. Acredita-se que o impacto desse asteroide foi mais devastador do que aquele que levou à extinção dos dinossauros. A colisão teria devastado tudo num raio de até 250 quilômetros.

O Domo de Araguainha é, portanto, muito mais do que uma paisagem impressionante. É um registro valioso da história geológica da Terra e uma atração única para os amantes da natureza e cientistas interessados em compreender os mistérios do nosso planeta.

Redatora do portal CenárioMT, escreve diariamente as principais notícias que movimentam o cotidiano das cidades de Mato Grosso. Já trabalhou em Rádio Jornal (site e redação).