Julgamento é suspenso após pedido de desaforamento em feminicídio

A sessão do júri popular em Paranatinga foi interrompida por solicitação da defesa, que quer transferir o caso para outra comarca.

Fonte: CenárioMT

Julgamento é suspenso após pedido de desaforamento em feminicídio
Julgamento é suspenso após pedido de desaforamento em feminicídio - Foto: CenárioMT

O julgamento de Djavanderson de Oliveira de Araújo, acusado de matar a jovem acreana Juliana Valdivino da Silva, de 18 anos, foi suspenso após a defesa solicitar o desaforamento, que busca transferir o processo para outra comarca. O júri popular estava marcado para a última sexta-feira (11) na 1ª Vara da Comarca de Paranatinga, no interior de Mato Grosso, local onde ocorreu o crime.

Segundo a defesa, o crime gerou forte comoção social na cidade, o que poderia comprometer a imparcialidade dos jurados. Juliana foi atacada em setembro do ano passado, quando teve 90% do corpo queimado após ser atraída até a casa do ex-namorado no bairro Jardim Ipê. Ela passou 15 dias internada e morreu em Cuiabá.

[Continua depois da Publicidade]

A investigação aponta que Djavanderson comprou álcool em um posto de combustíveis antes do crime. À polícia, ele alegou tentativa de suicídio que teria resultado no incêndio. Preso sete dias depois, também precisou de internação por ferimentos.

Em janeiro, ele e oito testemunhas foram ouvidos em audiência de instrução, adiada anteriormente por conta de enchentes no município. A advogada que representa a família de Juliana destaca a premeditação do crime, reforçada por provas como perícia e depoimentos. A mãe da vítima afirma que sua luta é para que casos de feminicídio no país não sejam esquecidos e sejam cada vez mais debatidos.

[Continua depois da Publicidade]
Para receber nossas notícias em primeira mão, adicione CenárioMT às suas fontes preferenciais no Google Notícias .