Fapemat desenvolve pesquisa para aumentar produção do maracujá em Mato Grosso

Cerca de 200 espécies da fruta podem ser utilizadas como alimento, remédios e ornamento

Fonte: Widson Ovando | Fapemat

Maracujá apreciado pelo variado sabor e flores exóticas  - Foto por: Arquivo/Pesquisador
Maracujá apreciado pelo variado sabor e flores exóticas - Foto por: Arquivo/Pesquisador

Estudo realizado por pesquisadores, através da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), busca aumentar a produção de algumas espécies de maracujá no Estado. O projeto é financiado pelo Governo do Estado no âmbito do programa Redes de Pesquisa em Mato Grosso.

O maracujazeiro, da família Passifloraceae, gênero Passiflora, é o mais importante economicamente e apresenta o maior número de espécies. Estima-se que seja composto por 465 variedades, das quais cerca de 200 são originárias do Brasil e podem ser utilizadas como alimento, remédios e ornamento.

O fruto está entre as culturas com alto potencial de produção, com a existência de pomares em cultivo por todo o Estado e uma produção média de 17 toneladas ha-1 que pode ser melhorada, afirma o coordenador da pesquisa, Petterson Baptista da Luz.

De acordo com o professor e doutor da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), o estudo buscou identificar tecnologias relacionadas à germinação de sementes, superação de dormência e conservação de algumas espécies de maracujá, bem como correlacionar padrões de maturação de frutos e sementes com maior aptidão para serem utilizados na formação de mudas.

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Arquivo/Pesquisador | Figura 1 – A1 e A2 – Flor e semente de Passiflora cincinnata, respectivamente. B1, B2, B3, B4 – Estádios de maturação de frutos de Passiflora cincinnata: verde, “de vez”, maduro e senescente, respectivamente. C1 e C2 – Flor e semente de Passiflora morifolia, respectivamente. D1, D2, D3, D4 – Estádios de maturação de frutos de Passiflora morifolia: verde, “de vez”, maduro e senescente, respectivamente. Cáceres – MT. UNEMAT, 2019.Arquivo/Pesquisador |

Figura 1 – A1 e A2 – Flor e semente de Passiflora cincinnata, respectivamente. B1, B2, B3, B4 – Estádios de maturação de frutos de Passiflora cincinnata: verde, “de vez”, maduro e senescente, respectivamente.

C1 e C2 – Flor e semente de Passiflora morifolia, respectivamente. D1, D2, D3, D4 – Estádios de maturação de frutos de Passiflora morifolia: verde, “de vez”, maduro e senescente, respectivamente. Cáceres – MT.

UNEMAT, 2019. “As passifloras, conhecidas por suas flores exóticas e frutos bastantes apreciados, abrigam uma vasta diversidade de espécies em seu gênero. No entanto, muitas delas enfrentam obstáculos significativos quando se trata da germinação”, explica o pesquisador ao acrescentar que as sementes de algumas passifloras silvestres parecem “resistir aos esforços para germinar”.

Para entender esse desafio, ressalta, é crucial considerar a maturação dos frutos e a morfologia interna e externa das sementes. Para tanto, na busca por pistas que indicassem a maturação fisiológica correta para a obtenção de sementes de melhor qualidade foram empregadas técnicas de análise de imagens, como os raios-X, aliadas a outros procedimentos.
Arquivo/pesquisador | O maracujá é uma fruta apreciada pelo sabor e pelas flores exóticas

Além da melhor tecnologia, temperatura e umidade para o adequado condicionamento e armazenagem das sementes estudadas, os resultados também identificaram o teor apropriado da água para a melhor conservação e manutenção do seu vigor.

“Existe uma ampla variabilidade genética a ser conhecida, caracterizada, protegida, conservada e, convenientemente, utilizada comercialmente ou em programas de melhoramento genético. A seleção cuidadosa do ponto certo de maturação é um parâmetro importante para desbloquear o potencial dessas preciosas sementes”, destacou.

Redatora do portal CenárioMT, escreve diariamente as principais notícias que movimentam o cotidiano das cidades de Mato Grosso. Já trabalhou em Rádio Jornal (site e redação).