Com 1,3 mil casos e um óbito, Mato Grosso tem alerta para a dengue

Saúde pede apoio da população no combate ao Aedes aegypti, pois 80% dos criadouros estão nas residências

Fonte: JOANICE DE DEUS - DIÁRIO DE CUIABÁ

vacina contra a dengue

Neste ano, Mato Grosso já registra 1.393 casos prováveis de dengue e um óbito em decorrência da doença.

O número preocupa a Secretaria de Estado de Saúde, que alerta a população e os gestores municipais para que intensifiquem o combate ao Aedes aegypti, mosquito que transmite a dengue, zika e chikungunya.

Os dados são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e são referentes ao período de 1º de janeiro a 4 de fevereiro de 2023.

A quantidade representa uma incidência de 39,0 casos de dengue para cada 100 mil habitantes, conforme a SES-MT.

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No Estado, também foram notificados ainda sete casos prováveis de zika e 244 casos prováveis de chikungunya, neste ano.

“É preciso o apoio maciço da população, pois sabemos que cerca de 80% dos criadouros do mosquito estão nas residências. Por isso, é preciso reforçar o alerta para não deixar a água parada dentro de casa ou nos quintais”, disse o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo.

Ele destacou ainda, por meio da assessoria de imprensa, que não existe uma vacina ou um medicamento que faça a prevenção da dengue.

Além disso, para o enfrentamento da doença, é imprescindível a manutenção dos cuidados diários, como inspecionar os ambientes externos e internos de casa, manter a caixa d’água fechada e limpa, cuidar do lixo e dos vasos de plantas, trocar diariamente a água dos recipientes dos pets, colocar água sanitária nos ralos e tampá-los após secar e evitar a exposição de qualquer objeto que concentre água parada.

A superintendente de Vigilância em Saúde da SES-MT, Alessandra Moraes, explicou ainda que, no verão, período que vai de 21 de dezembro até 20 de março, o número de arboviroses aumentam, em decorrência da chuva e do acúmulo de criadouros do Aedes nas residências e terrenos baldios.

“É crucial assegurar que a limpeza urbana, realizada pelas prefeituras, e a limpeza individual, realizada pelos moradores, sejam diárias. É necessário também que os municípios mantenham a atenção básica atenta aos sintomas dos pacientes que chegam no pronto-atendimento”, disse a superintendente.

Os dados do órgão estadual mostram ainda que os 20 municípios com maior registro de dengue são: Primavera do Leste (312), Colíder (127), Sorriso (67), Sinop (58), Nova Xavantina (57), Rondonópolis (55), Juína (35), Cotriguaçu (33), Nova Mutum (32), Poxoréo (28), Barra do Garças (26), Alta Floresta (23), Confresa (22), Marcelândia (20), Campo Novo do Parecis (19), Pontal do Araguaia (19), Diamantino (18), Cuiabá (16), Água Boa (15) e Canarana (15).

A fim de evitar mais casos de dengue no Estado, a SES-MT garantiu que promove oficinas de atualização em manejo clínico aos municípios que compreendem as 16 regionais de Saúde.

A Secretaria também auxiliou os municípios na construção do Plano Regional e Municipal de Contingência as arboviroses dengue, zika e chikungunya e tem mantido a distribuição de insumos estratégicos, como inseticidas e larvicidas utilizados como medida complementar ao controle do vetor, entre outras.

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