O igual para todos não funciona mais. Especialista explica a necessidade das escolas oferecerem uma educação mais individualizada

Fonte: MF Press Global

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“O igual para todos não funciona para muitos!” É o que pondera o diretor administrativo da escola Teia Multicultural e diretor executivo da edutech Asas Educação, Lucas Briquez, quando questionado sobre como as instituições de ensino devem se relacionar com o desenvolvimento de seus estudantes.

Lucas começa explicando que boa parte das crianças da educação infantil são filhas de pessoas da geração Y, com características muito específicas e opiniões bastante heterogêneas, que fazem com que idealizem diferentes tipos de “escola ideal”, ao mesmo tempo em que seus filhos também apresentam necessidades e características singulares.

Um ponto muito importante, para Briquez, é que essas “novas” famílias “não escolhem onde investirão seu poder de consumo simplesmente/somente pela comodidade, mas também buscam empresas que compactuam com seus valores e que, de alguma forma, consigam atender suas necessidades individuais.

Conforme o diretor, após o período de distanciamento social as necessidades individuais se intensificaram: “Temos desde alunos que precisam de mais estímulo, em relação ao conteúdo mesmo, que estão sentindo essa necessidade de aprofundamento, até alunos que mal conseguem ter força de vontade para levantarem de suas camas para realizarem suas obrigações básicas, como por exemplo, a de frequentar a escola.”

Por isso, para o profissional, é necessário que as escolas consigam atender as necessidades dos alunos de forma mais individualizada.

No ensino individualizado, os alunos não são comparados entre si, o comparativo de um aluno parte do seu próprio desempenho no passado e os professores ensinam em conformidade com as necessidades de cada um. Trata-se de um formato educacional que otimiza consideravelmente o processo de aprendizagem dos estudantes, pois visa preencher lacunas de aprendizagem e ao mesmo tempo, intensificar e fortalecer no aluno o conhecimento sobre aquelas áreas onde o mesmo apresenta maior facilidade.

“É um desafio para os professores e para a escola como um todo, mas o principal objetivo de todos nós é um só: a aprendizagem das nossas crianças. Essa é a forma como acreditamos que podemos construir um mundo melhor” finaliza.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.