Empatia narcisista: Entenda mais sobre a “falsa empatia”

Como grande parte das pessoas usa a empatia para suprir necessidades narcísicas

Fonte:

afoto post

afoto post

A empatia nunca foi tão propaganda como na atualidade, a necessidade de aproximar os seres humanos, principalmente na era da internet, marcada por um afastamento, tem se tornado cada vez mais necessária, no entanto, muitas vezes ela pode não ser uma empatia natural e sim uma importante ferramenta nas mãos de narcisistas.

Segundo o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, o que ele denominou de “empatia narcisista” é muito comum na sociedade brasileira pela grande incidência do transtorno narcisista.

Generalizações nunca são bem vindas, mas muitas pessoas que promovem a empatia nas redes sociais, na verdade utilizam-se de pautas sociais importantes como muleta para suprir as necessidades narcísicas de superioridade, aceitação e como forma de chamar a atenção, uma das principais características que nos ajuda a distinguir a empatia real, da narcisista é o esforço feito para isso, enquanto pessoas realmente empáticas praticam esses atos de forma natural, os narcisistas buscam oportunidades de não só pô-las em prática, como divulgá-las, propagá-las, em benefício próprio”.

[Continua depois da Publicidade]

A empatia é um processo relacionado ao córtex pré-frontal, sendo mais específico, córtex insular anterior no cérebro o que faz com que ela se insira naturalmente nas ações do indivíduo sem necessariamente de divulgação pois para ele é um ato tão banal que seu cérebro sequer registra como digno de nota” Explica.

Pena x empatia

A pena é o oposto da empatia, quando alguém utiliza esse termo, por exemplo, “estou com tanta pena de tal pessoa”, na esmagadora maioria das vezes ela o utiliza para reforçar a condição inferior do outro, como forma de se sentir superior a ela, todo esse processo ocorre de forma indireta e é um recurso narcisista muito utilizado”.

O Brasil e o transtorno narcisista

O Brasil é um país que possui um ambiente bastante propício para o surgimento de transtornos narcisistas, o uso excessivo de redes sociais, altos níveis de ansiedade, problemas sociais, entre outros, que geram a necessidade de se sobressair para se sentir bem”.

Existe um processo de recompensa no cérebro, que faz com que o narcisista sinta uma necessidade patológica de ser o alvo das atenções, o ser humano possui um instinto nato de conquistar para aguçar instintos reprodutivos, como parte natural do processo orgânico e bioquímico para manter a espécie, entretanto, vivemos em uma era tecnológica onde o organismo está colapsado e não entende mais os fatores de forma individual, o que contribui para esse processo.”

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.