Projeções indicam que a safra de milho 23/24 em MT mantém área cultivada, mas com maior produtividade

Fonte: CenárioMT

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Foto: CenárioMT

Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), as projeções para a safra de milho 2023/24 apresentam um cenário de ajustes e desafios. A projeção de área plantada permaneceu estável em 6,94 milhões de hectares, representando uma queda de 7,31% em comparação com a temporada anterior. Essa redução é atribuída à queda nos preços do cereal e ao aumento do custo de produção, fatores que desestimularam os produtores a investirem na cultura do milho.

No que diz respeito à produtividade, o Instituto revisou as expectativas para cima, alcançando 108,16 sacas por hectare, um aumento de 4,14% em relação à última divulgação. Esse incremento é resultado do bom desenvolvimento das lavouras até o final de abril, com mais de 90% das áreas semeadas dentro da janela ideal e chuvas favoráveis em grande parte do estado até o final do mês.

Assim, a produção esperada para o ciclo alcançou 45,04 milhões de toneladas, um aumento de 4,08% em comparação com a última estimativa, porém, 14,22% menor do que na safra anterior.

No que se refere à oferta e demanda, o Imea aumentou a projeção da oferta de milho para a safra 23/24 em Mato Grosso, estimando em 46,91 milhões de toneladas. Por outro lado, a demanda também foi revisada, com um incremento de 3,82% em comparação com o mês anterior, atingindo 46,21 milhões de toneladas. Esse aumento foi impulsionado principalmente pela projeção de maior volume de exportação, alcançando 25,87 milhões de toneladas, um aumento de 6,08% em relação ao mês passado.

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Além disso, o consumo interno em Mato Grosso também registrou um aumento de 3,82%, fechando a projeção de maio/24 em 15,81 milhões de toneladas, devido à expectativa de maior consumo das usinas de etanol de milho no estado.

Com os ajustes tanto na oferta quanto na demanda, o estoque final da safra 23/24 foi projetado em 699,75 mil toneladas, uma redução de 10,88% em relação à estimativa anterior, mas ainda representando o segundo maior estoque da série histórica do Imea, devido ao atraso na comercialização do cereal no estado.

É formado em Jornalismo. Possui experiência em produção textual e, atualmente, dedica-se à redação do CenárioMT produzindo conteúdo sobre política, economia e esporte regional.