O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter o ex-policial militar Toni Ângelo, condenado a mais de 172 anos de prisão, no sistema penitenciário federal. A medida atende a solicitação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que alegou riscos no retorno do miliciano ao sistema prisional do estado.
Toni Ângelo é apontado como um dos líderes da milícia conhecida como Liga da Justiça, que domina áreas da zona oeste do Rio de Janeiro, especialmente no bairro de Campo Grande. Segundo o MPRJ, ele foi condenado por crimes como homicídio qualificado, ocultação de cadáver, extorsão, organização criminosa, receptação e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
Preso desde 2013, após ser baleado, o ex-PM chegou a retornar ao sistema penitenciário do Rio em 2021, onde retomou contatos com integrantes de milícias. Diante dessa reaproximação, as autoridades optaram por transferi-lo novamente para o presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Na decisão, o STJ destacou que permanecem válidos os motivos que justificaram sua transferência inicial, reforçando que ele deve continuar no sistema federal até 2027.