Dois policiais militares foram presos em flagrante por homicídio doloso após a morte de Igor Oliveira de Moraes Santos, de 24 anos, na noite de quinta-feira (11) em Paraisópolis, zona sul de São Paulo. Imagens de câmeras corporais mostraram que os disparos ocorreram enquanto o jovem estava rendido, com as mãos na cabeça, segundo o coronel Emerson Massera, porta-voz da Polícia Militar de São Paulo.
“A análise dessas câmeras nos indicou que a morte não seguiu os padrões esperados e que nada justificava o disparo”, afirmou Massera. Ele destacou que a corporação não tolera crimes cometidos por policiais.
As câmeras corporais, acionadas automaticamente após o primeiro disparo manual, gravaram toda a ação. Durante a operação em Paraisópolis, também morreu Bruno Leite, com antecedentes criminais, em confronto com a Rota, além de um policial baleado no ombro, que foi hospitalizado e está fora de perigo.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a operação começou após denúncia de homens armados em um ponto de venda de drogas. Durante abordagem, quatro suspeitos fugiram para uma casa onde foram apreendidos 595 porções de maconha, 49 de maconha sintética, 521 de cocaína, 208 de crack, lança-perfume, LSD, ecstasy, além de dinheiro e balança.
A ação desencadeou protestos com barricadas incendiadas, bloqueios e ataques a policiais. Um suspeito foi preso por incendiar um carro. Para conter a revolta, cerca de 300 agentes atuaram na comunidade, que permanece sob forte presença policial com equipes da Rota, Choque e COE.
Um inquérito policial militar foi instaurado para apurar os fatos. A PM afirmou que seguirá atuando na região para garantir segurança e combater o crime.
