Senado debate mudanças climáticas e desafios para a COP27 na terça

Pôr do sol em Shangai, na China; nova rodada de discussão sobre o aquecimento global será em novembro, no Egito

Fonte: CenárioMT com inf. Agência Senado

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Suicup

O Senado promove na terça-feira (13), a partir das 9h, uma sessão de debates temáticos para discutir o cumprimento das metas da NDC — sigla em inglês para Contribuição Nacionalmente Determinada, firmada na COP26 — e as propostas do Brasil para a COP27. A NDC envolve compromissos voluntários criados por cada país signatário do Acordo de Paris, com o objetivo de colaborar com a meta global de redução de emissões de gases do efeito estufa. O requerimento para o debate (REQ 650/2022) foi apresentado pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES) e outros senadores. 

Entre os convidados estão Tasso Azevedo, coordenador do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima e do projeto de Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do Solo no Brasil (MapBiomas); a advogada Caroline Prolo, especialista em mudanças climáticas e diretora-executiva da rede Laclima; e Mônica Sodré, diretora na Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (Raps).

Na justificativa o senador lembra que a Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), realizada em Glasgow, Escócia, em novembro de 2021, teve como resultado a regulamentação das últimas cláusulas do Acordo de Paris — o que permitiu aos países comercializar créditos de carbono entre si, condição essencial para conter o aquecimento global. Ele lembra que a COP27 ocorrerá de 7 a 18 de novembro deste ano, em Sharm el Sheik, no Egito.

Contarato avalia no requerimento que os líderes que representarão os países na próxima cúpula do clima continuam com o grande desafio de combater o aumento da temperatura global e suas consequências. Ele cita o relatório Global Annual to Decadal Climate Update for 2022-2026, segundo o qual os anos até 2026 devem ser os mais quentes registrados, com 90% de chances de as temperaturas serem mais altas do que os cinco anos anteriores.

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O Acordo de Paris, explica Contarato, “é uma resposta global a uma urgente ameaça para a humanidade: a mudança do clima, no contexto do desenvolvimento sustentável e dos esforços de erradicação da pobreza”. O documento foi assinado por 195 países no ano de 2015, em Paris. O senador avalia no requerimento que a prevenção e o controle do desmatamento, tanto na Amazônia como nos demais biomas brasileiros, “sem dúvida, envolvem a necessidade de se desenvolver uma agricultura de baixo carbono, que seja rentável e de interesse dos produtores rurais, de modo a incentivar sua adesão a esse modelo”.

Foram convidados para a sessão temática:

Tasso Azevedo — Coordenador do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima e do Projeto de Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do Solo no Brasil (MapBiomas)

Caroline Prolo — Especialista em mudanças climáticas e diretora-executiva da rede profisionais do Direito das mudanças climáticas, Laclima

Mônica Sodré  — Diretora na Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (Raps).

Alexandre Prado — Diretor de Economia Verde do WWF-Brasil

Denise Hills — Diretora de sustentabilidade para América Latina na Natura&Co

Sérgio Xavier — Consultor do Centro Brasil no Clima (CBC)

Marina Marçal — Coordenadora do Portfólio de Política Climática do Instituto Clima e Sociedade (ICS)

Diosmar Filho — Coordenador do Ensino a Distância, em Estado e Direito dos Povos e Comunidades Tradicionais, da Superintendência de Educação a Distância e Faculdade de Direito da UFBA

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Leta Vieira — Coordenadora de Baixo Carbono e Resiliência do ICLEI Brasil

Juliano Bueno — Diretor técnico do Observatório do Petróleo e Gás e do Instituto Internacional Arayara

Natalie Unterstell — Presidente do Instituto Talanoa e Membro do Painel de Acreditação do Green Climate Fund

Como participar

O evento será interativo: os cidadãos podem enviar perguntas e comentários pelo telefone da Ouvidoria do Senado (0800 061 2211) ou pelo Portal e‑Cidadania, que podem ser lidos e respondidos pelos senadores e debatedores ao vivo. O Senado oferece uma declaração de participação, que pode ser usada como hora de atividade complementar em curso universitário, por exemplo. O Portal e‑Cidadania também recebe a opinião dos cidadãos sobre os projetos em tramitação no Senado, além de sugestões para novas leis.