A Primeira Turma do STF iniciou nesta terça-feira (11) a fase de sustentações orais dos advogados dos dez réus apontados pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República como integrantes do chamado Núcleo 3 da trama golpista que buscava reverter o resultado das eleições presidenciais de 2022. O grupo é formado por nove militares do Exército e um policial federal, denunciados por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Entre os réus estão o general da reserva Estevam Theóphilo, além de coronéis e tenentes-coronéis ligados a unidades especiais. Os acusados, conhecidos como “kids pretos”, são apontados pela PGR como responsáveis por elaborar estratégias operacionais para efetivar o plano, que incluiria o sequestro do ministro Alexandre de Moraes.
Durante a sessão, a defesa de Estevam Theóphilo pediu sua absolvição e afirmou que o militar não participou de ações golpistas. O advogado ressaltou que encontros do general com o então presidente Jair Bolsonaro ocorreram com ciência do comando do Exército e sem relação com mobilizações antidemocráticas. Segundo ele, não há provas de participação em articulações contra o resultado eleitoral.
O julgamento prossegue com as sustentações dos demais réus, após a PGR reiterar pela manhã o pedido de condenação.


















