O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), usou as redes sociais para rebater críticas frequentes ao Judiciário brasileiro. Em publicação, ele destacou que a Corte atua como guardiã da Constituição e do Estado de Direito, evitando retrocessos e assegurando garantias fundamentais.
“No Dia da Independência, é oportuno reiterar que a verdadeira liberdade não nasce de ataques às instituições, mas do seu fortalecimento”, afirmou Mendes, em resposta a atos que reuniram apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e grupos religiosos em defesa de anistia a condenados pelos atos de 8 de janeiro e do impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
“Não há, no Brasil, ‘ditadura da toga’, tampouco ministros agindo como tiranos”, declarou Mendes.
O ministro ressaltou que o STF tem atuado para garantir direitos fundamentais previstos na Constituição. Sem citar nomes, criticou gestões anteriores, lembrando episódios como ataques ao sistema eleitoral, a condução da pandemia de covid-19 e movimentos que pediram intervenção militar.
“Se quisermos falar sobre os perigos do autoritarismo, basta recordar o passado recente: milhares de mortos na pandemia, vacinas negligenciadas por autoridades, ameaças ao sistema eleitoral, acampamentos diante de quartéis pedindo golpe militar, tentativa de golpe com violência e destruição de patrimônio público, além de planos contra autoridades da República”, afirmou.
No mesmo dia, durante manifestação na Avenida Paulista, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, classificou a atuação do ministro Alexandre de Moraes como “tirania”. Em resposta indireta, Mendes reforçou que a verdadeira ameaça ao país são as investidas contra a democracia.
“O que o Brasil realmente não aguenta mais são as sucessivas tentativas de golpe que ameaçaram a democracia e a liberdade do povo. Crimes contra o Estado Democrático de Direito são insuscetíveis de perdão e devem ser punidos com rigor para que jamais se repitam”, concluiu o ministro.


















