Barroso considera injustas sanções dos EUA contra o Brasil

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, criticou as sanções aplicadas pelos Estados Unidos ao Brasil e destacou que não houve perseguição política no julgamento de Bolsonaro.

Fonte: CenárioMT

Barroso considera injustas sanções dos EUA contra o Brasil
Barroso considera injustas sanções dos EUA contra o Brasil - Foto: Antônio Augusto/STF

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, declarou nesta quarta-feira (17) que considera injusta a imposição de sanções pelos Estados Unidos ao Brasil e aos ministros da Corte.

Durante a sessão sobre o desfecho do julgamento da trama golpista, que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados, Barroso reforçou que a decisão foi baseada em provas concretas, incluindo confissões relacionadas ao plano Punhal Verde Amarelo, que visava ataques contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.

“É profundamente injusto punir o Brasil, os brasileiros, as empresas e os trabalhadores por uma decisão amplamente fundamentada em provas, acompanhada pela imprensa internacional. Também não é justo punir os ministros que cumpriram seu papel com coragem e independência”, afirmou Barroso.

O ministro negou qualquer tipo de perseguição a Bolsonaro e aos demais condenados, ressaltando que o processo judicial não envolveu caça às bruxas ou motivações políticas.

“Tudo o que foi feito baseou-se em provas”, destacou, reforçando a integridade do julgamento.

Barroso ainda mencionou suas relações pessoais com os Estados Unidos, onde viveu e estudou, e defendeu que é hora de retomar a vida do país com paz e diálogo.

“Este é um chamamento ao diálogo e à compreensão, pelo bem da amizade entre os países e da justiça”, completou.