O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta terça-feira (19) manter a prisão de Marcelo Câmara, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro e um dos réus na trama golpista.
Em junho, a detenção de Câmara ocorreu após o ministro constatar que ele descumpriu medidas cautelares que proibiam o uso de redes sociais, mesmo com a intermediação de seus advogados.
Na ocasião, o advogado de Câmara, Eduardo Kuntz, informou ao STF que havia sido procurado por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, por meio das redes sociais. Segundo Moraes, essa ação do defensor extrapolou as obrigações legais de um advogado e motivou a abertura de inquérito para investigar possível obstrução das investigações.
Na decisão atual, o ministro concluiu que não houve mudanças na situação processual de Marcelo Câmara, ressaltando que a tentativa de obter informações sigilosas do acordo de colaboração de Mauro Cid evidencia o risco de liberar o réu.
Marcelo Câmara permanece detido nas instalações do Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília, local permitido devido à sua patente de coronel.