Democracia é defendida em ato em São Paulo contra anistia e ingerências externas

Evento no Dia Internacional da Democracia reuniu autoridades, artistas e líderes sociais em defesa das instituições brasileiras e contra a anistia a golpistas.

Fonte: CenárioMT

Democracia é defendida em ato em São Paulo contra anistia e ingerências externas
Foto: Agência Brasil

No Dia Internacional da Democracia, o Fórum pela Democracia promoveu nesta segunda-feira (15), no teatro Tuca da PUC-SP, a 12ª edição do ato Direitos Já! – Em Defesa da Democracia e da Soberania Nacional. A mobilização reuniu lideranças políticas, representantes da sociedade civil, artistas, intelectuais, juristas e religiosos.

O coordenador-geral do movimento, Fernando Guimarães Rodrigues, apresentou um manifesto que destacou a defesa da democracia, da soberania nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF), condenando a ingerência estrangeira e a anistia a envolvidos em ataques ao regime democrático.

No documento, Rodrigues lembrou a tentativa de golpe liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e criticou a atuação do ex-presidente norte-americano Donald Trump, que teria pressionado com tarifas contra o Brasil em apoio aos golpistas. O texto também conclamou a sociedade a uma ampla mobilização em defesa da liberdade e dos direitos fundamentais.

Anistia

Segundo o manifesto, setores ligados à família Bolsonaro e a parlamentares aliados buscaram influenciar pressões externas contra o Brasil. A iniciativa teria se transformado em lobby pela aprovação de uma anistia considerada inconstitucional aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. O documento classificou a medida como ameaça direta à democracia, por estimular novos ataques sem responsabilização.

ONU

Em mensagem enviada ao ato, o secretário-geral da ONU, António Guterres, defendeu a democracia e afirmou ter vivido os efeitos de uma ditadura em Portugal. “Uma democracia que exclui não é democracia”, declarou, destacando a importância da inclusão e da paz.

STF

O ministro do STF, Gilmar Mendes, avaliou que a democracia brasileira enfrenta um dos momentos mais difíceis desde a Constituição de 1988, mas ressaltou a resiliência das instituições. Ele reforçou que o apoio da sociedade civil é essencial para a preservação das estruturas democráticas.

Encerramento

O vice-presidente Geraldo Alckmin encerrou o evento chamando de traidores os autores da tentativa de golpe. Ele elogiou a Justiça pelas condenações e criticou a disseminação de fake news que prejudicam a imagem do país. Em sua fala, Alckmin citou Ulysses Guimarães: “Traidor da Constituição é traidor da pátria. Viva a democracia”.