O senador Alessandro Vieira, relator do projeto de lei Antifacção no Senado, afirmou que o texto em análise não resultará em perda de recursos para a Polícia Federal. Segundo ele, embora o material aprovado na Câmara seja considerado adequado no mérito, ajustes de forma e revisões de constitucionalidade serão avaliados.
Vieira reforçou que o financiamento da PF é essencial para o país e que não haverá qualquer redução nesse ponto. O texto aprovado pelos deputados gerou críticas do governo devido a mudanças na distribuição de recursos apreendidos do crime organizado.
O senador destacou que o debate seguirá com audiência pública na próxima semana, antes da análise na Comissão de Constituição e Justiça e no plenário. Havendo alterações, o projeto retornará à Câmara.
O PL endurece penas para integrantes de facções e milícias, estabelece cumprimento mínimo de 85% da pena e veda benefícios como anistia, indulto e liberdade condicional. A escolha de Vieira para relatar o texto foi justificada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, como forma de proteger o debate e garantir condução independente.
Alcolumbre também revelou que, apesar do interesse de senadores da oposição em relatar o tema, optou por Vieira devido à sua trajetória no enfrentamento ao crime organizado. A decisão foi celebrada por líderes do governo.
Na Câmara, a indicação de Guilherme Derrite para relatar o projeto gerou atritos, especialmente após versões preliminares que limitavam a atuação da PF — pontos posteriormente retirados. O texto passou por cinco versões antes da aprovação.
No dia seguinte à votação, chefes dos Poderes se reuniram para discutir estratégias conjuntas contra o crime organizado, reforçando a necessidade de diálogo institucional.














