A defesa de Jair Bolsonaro declarou nesta sexta-feira (22) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ex-presidente não fez pedido de asilo político ao presidente da Argentina, Javier Milei, e não tem intenção de deixar o país.
A manifestação foi enviada após o ministro Alexandre de Moraes conceder 48 horas para os advogados se manifestarem sobre o documento de asilo encontrado no celular de Bolsonaro durante busca e apreensão no mês passado, relacionada à investigação das sanções dos Estados Unidos contra o Brasil.
Segundo a Polícia Federal, o documento estava armazenado no aparelho desde 2024. A defesa explicou que se tratava apenas de um rascunho e que a solicitação de asilo não foi concretizada. Os advogados também requereram a revogação da prisão preventiva do ex-presidente.
“A autoridade policial sabe que, para justificar prisão preventiva, é necessário um fato atual. No entanto, existe apenas um documento antigo, reconhecido como rascunho enviado por terceiro, e que não se concretizou como pedido de asilo”, afirmou a defesa.
Bolsonaro e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), foram indiciados pela Polícia Federal no inquérito das sanções dos Estados Unidos. Após o indiciamento, Moraes encaminhou o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá sobre eventual denúncia ao STF.
Desde o início do mês, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar.