Ministro do STJ vota por anular condenação da arquiteta Adriana Villela no crime da 113 Sul

O julgamento sobre a condenação de Adriana Villela pela morte dos pais em Brasília foi suspenso após voto do ministro Sebastião Reis Júnior, que pediu anulação da sentença.

Fonte: CenárioMT

A arquiteta Adriana Villela, acusada de ser a mandante do assassinato de seus pais e da empregada da família, chega ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro Sebastião Reis Júnior, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), votou nesta terça-feira (5) pela anulação da condenação da arquiteta Adriana Villela, sentenciada a 61 anos de prisão no caso conhecido como “Crime da 113 Sul” em Brasília.

O julgamento, no entanto, foi suspenso após um pedido de vista do ministro Og Fernandes, sem previsão para retomada.

O crime ocorreu em 2009, quando o advogado e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, sua esposa Maria Carvalho Villela e a empregada da família, Francisca Nascimento da Silva, foram mortos a facadas no apartamento da quadra 113 da Asa Sul, bairro de Brasília.

Adriana Villela, filha do casal, foi acusada de ser a mandante do assassinato, que teria sido executado por um ex-porteiro do prédio, seu sobrinho e um comparsa, segundo o processo.

Durante o julgamento na Sexta Turma do STJ, Sebastião Reis votou pela anulação da condenação, argumentando que a defesa da arquiteta não teve acesso aos depoimentos extrajudiciais dos réus que a apontaram como autora do crime. O ministro destacou que o acesso prévio às provas é fundamental para garantir o contraditório e a ampla defesa, permitindo uma atuação eficaz dos advogados.

Até o momento, o placar do julgamento está empatado em 1 a 1. Em março, o relator do processo, ministro Rogério Schietti, votou pela prisão imediata de Adriana Villela. O julgamento foi suspenso após pedido de vista do próprio Sebastião Reis, que só agora apresentou seu voto.

Adriana Villela foi condenada em 2019 pelo Tribunal do Júri de Brasília e responde ao processo em liberdade desde então.