O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) manifestou solidariedade à família de Guilherme Dias Santos Ferreira, morto com um tiro na cabeça por um policial militar no dia 4 de julho, em Parelheiros, zona sul de São Paulo. Ferreira, de 26 anos, foi alvejado pelo agente Fábio Anderson Pereira de Almeida, que o confundiu com um assaltante ao sair do trabalho e correr para pegar um ônibus.
Em nota oficial, o MDHC classificou o caso como um alerta urgente para revisão das políticas de segurança pública, defendendo uma atuação policial baseada no respeito aos direitos humanos e na proteção de inocentes. O ministério pediu uma investigação rigorosa, rápida e transparente, com responsabilização imediata dos envolvidos.
O policial foi afastado do serviço operacional. Inicialmente preso em flagrante por homicídio culposo, ele foi liberado após pagar fiança. Lotado no 12º Batalhão da Polícia Militar Metropolitano, Almeida já havia sido reprovado em 2023 em teste psicológico para um concurso da polícia científica no Paraná, decisão que ele contesta na Justiça.
A Polícia Científica do Paraná informou que os critérios de seleção são públicos e previstos em lei. Já a Secretaria de Segurança de São Paulo declarou que a seleção na Polícia Militar envolve avaliação psicológica rigorosa, conforme normas do Conselho Federal de Psicologia, e destacou que não há impedimento legal para prestar novos concursos após reprovações anteriores.
