As sucessivas lesões de Diego Alves ao longo da temporada de 2020 abriram espaço para o jovem Hugo Souza, o Neneca, de apenas 22 anos. O goleiro saiu de quarto goleiro para ser titular do time bicampeão brasileiro e conquistou o coração dos torcedores.
Chamado para suprir ausências do time principal depois de um surto de Covid, Hugo Souza foi o melhor em campo por diversas vezes e depois de 12 anos de clube, se vê como uma referencia de quem ainda está na base do clube buscando seu lugar.

A partida contra o Palmeiras durante o Campeonato Brasileiro marcou sua estreia e de quebra, foi eleito o melhor jogador da partida. Depois disso, Hugo Souza acumulou partidas como titular, se aproveitando da ausência de Diego Alves e se firmou como um dos favoritos para a posição.
– Eu me destacava na base com os pés, mas é tudo diferente no profissional, porque, quando eu errava na base, não tinha o mesmo peso do profissional. Eu me cobro bastante, porque tive erros nesses fundamentos e trabalho para não errar mais. Tenho um cara que trabalha comigo que é referência no jogo com os pés, que é o Diego Alves, então eu tento absorver o máximo possível. Se eu errei nisso, é que eu preciso melhorar, se eu errei, é porque eu preciso trabalhar, disse o goleiro em entrevista ao podcast Ubuntu Esporte Clube.

Mesmo com apenas 22 anos de idade, Hugo Souza demonstrou personalidade ao comentar sobre as falhas com a saída com os pés, assumindo seus erros, mas se pensar o contrário, passa sua visão sobre o lance. Um exemplo é a falha na falta diante do São Paulo, que o arqueiro não considera falha.
– Quem está de fora tem uma mentalidade sobre as faltas diferente, falam que, quando chutam no lado do goleiro, não pode entrar. A gente que é goleiro sabe que nem sempre é assim. (Contra o São Paulo) Foi uma falta centralizada, em faltas assim o goleiro tem que escolher um lado para montar a barreira e outro para ficar. Como a falta foi mais para a direita, eu montei a barreira no lado direito e fechei o esquerdo. Eu não escolhi canto, fiz um movimento que é meu, dando um passo para frente e, quando o Luciano bate, eu não consigo mais ver a bola, porque tinha muita gente. Quando vejo, ela já está muito próxima e não consigo alcançar, foi muito bem batida, na bochecha da rede – explica.