Fifa anuncia um novo formato para Mundial de Clubes

Fonte: REDAÇÃO CENÁRIOMT

ct 90mins fifa plan expanded club world cup to replace confederations cup 20180418

Os últimos dias do futebol internacional estão turbulentos. Isso por conta de um anúncio recente da entidade máxima da modalidade, a Fifa, anunciar um novo modelo para a principal disputa de clubes do mundo.


O já famoso Mundial de Clubes Fifa terá, a partir de 2021, edições a cada quatro anos, como já acontece na disputa de seleções. A ideia, segundo a entidade, é que 24 times façam parte do torneio. Serão oito times europeus e seis da América do Sul. A data seria na janela que é usada pela Copa das Confederações, que deixa de existir e era considerado fracasso de público. Normalmente, a Fifa via o torneio como um evento teste para a Copa do Mundo, que acontece logo no ano seguinte.

O local da primeira disputa, em três anos, ainda não foi definido. Seguindo a lógica, tudo deveria acontecer no Catar, que sediará a disputa de nações em 2022. Mas a confirmação não veio por conta do clima do país do Oriente Médio, que já empurrou a Copa para o final do ano, evitando o calor extremo que pode chegar a 50 graus.

Assim, logo a sede deve ser definida para começarem os preparativos.

A Fifa ainda liberou para que cada entidade continental defina os critérios de classificação dos participantes, o que gerou bastante controvérsia, já que as regras de cada continente podem variar. Por exemplo, na América do Sul, a Conmebol dá a vaga ao campeão da Libertadores da América de todos os anos para a disputa mundial – a UEFA convoca o time campeão da Champions League – e assim por diante. Hoje, o favorito para o título europeu é o Manchester City, de Gabriel Jesus, conforme aponta a plataforma de apostas  esportivas online Betway, pagando 3,25 pra 1 (dados extraídos no dia 19 de março de 2019).

As discussões estão em torno de um possível enfraquecimento da Libertadores por isso e de uma possível criação de ranking para a definição dos classificados. Os clubes argumentam que cada competição nacional tem diferentes níveis técnicos e assim, ficaria difícil eleger os participantes de maneira justa.

O mundial anual ainda acontecerá no formato atual em 2019 e 2020 e os critérios de classificação seguem os mesmos.

Pouco antes do anúncio do novo torneio, os clubes europeus ameaçaram boicotar a disputa. A Associação dos Clubes Europeus emitiu uma nota de repúdio a Infantino, presidente da Fifa, assinada por 15 times – entre eles Juventus, Real Madrid, Ajax, PSG e Barcelona. O documento diz que “frontalmente contra a aprovação de um novo Mundial de Clubes neste momento e confirma que nenhum membro da ECA vai disputar essa competição”. Além disso, e UEFA já aprovou, junto com as federações de todos países integrantes da entidade, calendários até 2024. Dentro da Fifa, existe o medo que assim, o Mundial de Clubes perca ainda mais sua relevância.

Essa não é a primeira decisão polêmica da entidade máxima da modalidade desde que Infantino assumiu a presidência. Em sua concepção, o mundial de seleções, a famosa Copa do Mundo, deverá ter 48 equipes ao invés de 32, como acontece hoje.

O Conselho da entidade decidiu aceitar e dar andamento a proposta, com a tentativa de colocá-la em prática já no Mundial do Catar, em 2022.

“Enviamos um relatório de viabilidade para o nosso Conselho e concluímos que é possível fazer com 48 seleções, desde que atendidas algumas condições. Se for possível, ótimo. Se não for, ótimo também. Aumentar a Copa de 2022 para 48 seleções não é uma decisão simples. Vamos decidir isso em junho, junto com o Catar”, comentou o italiano em entrevista coletiva.

“Se formos ampliar, outros países terão que receber jogos. No próximo passo, vamos analisar quais países podem receber mais jogos na Copa de Mundo de 2022. E vamos tomar uma decisão no nosso Congresso, em junho, quando os 211 filiados vão votar”, completou Infantino.

É claro que mais críticas apareceram – entre eles, do maior jogador argentino de todos os tempos, Diego Maradona. Em entrevista recente, camisa 10 disse “se Infantino quer fazer disto um show de intervalo, é uma vergonha, tentar copiar os americanos. O futebol é outra coisa, não é o Super Bowl”, se referindo a Futebol Americano, principal evento esportivo do mundo.

real madrid club world cup