Cratera gigante aberta há quase 1 ano deixa moradores sem policiamento e sem condições de circular em Rondonópolis

Fonte: G1 MT

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Foto: Bruno Cunha Guimarães/ Arquivo pessoal

Uma cratera formada pelas chuvas, na Rua das Garças, no Bairro Jardim das Paineiras, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, desde março de 2018, tem prejudicado o trânsito e a segurança dos moradores que moram na região. Devido as más condições, alguns moradores mudaram da casa própria para morar de aluguel.

A reportagem entrou em contato com a prefeitura do município nesta sexta-feira (4), mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem. Em nota emitida no dia 13 de dezembro, a administração municipal informou que a empresa contratada tinha começado as obras de recuperação e contenção da erosão. Também afirmou que tem projeto para construção de galerias de água e pavimentação.

O orçamento previsto para a obra é de R$ 2,4 milhões. No entanto, os moradores disseram que nenhuma equipe está trabalhando no local.

De acordo com o estudante Bruno Cunha Guimarães, morador da região, alguns carros já caíram no buraco, outros nem conseguiram chegar até o local.

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“Nas épocas de chuvas, sempre vinham fazer uma reforma paliativa, mas nem isso tem acontecido mais. Essa rua nunca teve asfalto e a cratera tem aumentado cada vez mais. Tem cerca de 17 anos que a rua deságua todas as águas da chuva dos bairros adjacentes e mais altos”, contou.

Bruno disse que comprou uma casa localizada na Rua das Garças e que, além do financiamento que paga, no valor de R$ 500 ao mês, também precisa pagar aluguel de R$ 1 mil de um apartamento para onde se mudou.

“Estou morando de aluguel no centro, desde junho do ano passado. Pago pela casa, mas não posso morar nela. Os moradores estão isolados”, ressaltou.

Insegurança

As más condições das ruas também impedem o acesso da polícia ao local. Segundo o tenente da Polícia Militar, Marcos Oliveira, quando alguma viatura precisa passar pelo bairro, volta com danos, com o estepe prejudicado e o pneu furado.

Marcos ressalta que, na maioria das vezes, os policiais têm que deixar o veículo a 30 metros de distância para conseguir fazer rondas pela região.

Os moradores dizem que se sentem inseguros, reclamam da condição das ruas e cobram segurança.

Segundo Jucelia Pereira, que também mora no bairro, ela já precisou acionar a polícia, por causa de um roubo na casa dela. No entanto, os policiais não conseguiram chegar com o carro até o local e foram a pé.