Você sabe o que alucinógenos fazem no cérebro? Médico explica

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drvital3

Os alucinógenos são uma classe de drogas que causam à pessoa uma distorção profunda na percepção. De acordo com o médico mestrando em Neurociências, os alucinógenos alteram as percepções dos usuários, agindo em circuitos neurais no cérebro, particularmente no córtex pré-frontal, região do raciocínio lógico, o que também tem relação com a percepção, controle de humor e a cognição como um todo.

“Enquanto se pensa que as drogas dissociativas perturbam os transmissores de glutamato no cérebro, acredita-se que os alucinógenos afetem o neurotransmissor serotonina”, explicou.

Os alucinógenos também podem afetar regiões do cérebro que lidam com a regulação da excitação e das respostas fisiológicas ao estresse e ao pânico, de acordo com a pesquisa do Instituto Nacional de Abuso de Drogas (NIDA).

“De acordo com a pesquisa do NIDA, viagens ruins podem resultar em medo de perder o controle, insanidade ou morte. Os alucinógenos causam sensações de relaxamento (semelhantes aos efeitos de baixas doses de maconha), mas também podem causar nervosismo, paranóia e reações de pânico”, disse.

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O médico explicou que Fenciclidina (PCP), cetamina e dextrometorfano (DXM) são três tipos comuns de anestésicos dissociativos. Tanto o PCP quanto a cetamina foram originalmente desenvolvidos como anestésicos gerais para serem usados durante a cirurgia. O dextrometorfano é um ingrediente comum em medicamentos supressores da tosse.

Vital também contou que a tolerância aos alucinógenos não é permanente. Se a pessoa parar de tomar o medicamento por vários dias, a tolerância desaparecerá.

“Flashbacks e psicose podem acontecer com qualquer pessoa, mas pesquisas mostram que são mais frequentemente observados em pacientes com histórico de problemas psicológicos”, finalizou.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.