Metaverso e as infinitas possibilidades de interação no mundo digital

Fonte: Majô Gonçalves

Metaverso
por Pixabay

O Metaverso parte de uma nova promessa de internet, denominada, por alguns, como Web 3.0, onde se tem não só leitura e escrita, interação, mas também a propriedade de seus dados. Há como postar informações e ganhar com elas, e ainda garantir que é de sua autoria, pois há certificado de origem. “É a abertura de espaço para economia completa e virtual, independentemente da geografia”, comentou Alexandre Del Rey, fundador da I2AI – International Association of Artificial Intelligence, na palestra “Metaverso: O que é e por que virou tendência?”, promovida no “Programa Filtra Ação”, canal de conteúdo online da Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais e das revistas Meio Filtrante e TAE,  que conta com o patrocínio do Grupo Supply Service.

Durante a palestra, citou e explicou alguns tópicos fundamentais do Metaverso, como infraestrutura, interface humana, rede de descentralização, computação espacial, produtores e criadores da economia digital, descoberta e experiência.

 

Disse que a organização da Web 3.0 sai da plataforma com um dono e vai para ecossistemas com diversos colaboradores, enquanto a infraestrutura muda de computadores pessoais, como na Web 1.0, para nuvem Blockchain, que permite o trânsito seguro de informações de forma automatizada, transparente e descentralizada. “O Metaverso é uma internet mais colaborativa, mais onipresente, com ambientes digitais mais imersivos. Isto tudo com economia interna, com possibilidade de propriedade e autenticidade”, explicou Del Rey, acrescentando: “Indica um tipo de mundo virtual que tenta replicar a realidade por meio de dispositivos digitais, um espaço coletivo e compartilhado, constituído pela realidade virtual, realidade aumentada e internet, suportada por diversas tecnologias, como inteligência artificial, Blockchain e Internet das Coisas (IoT)”.

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Sobre a infraestrutura da Web 3.0, citou 5G, Data Centers, provedores de nuvens, provedores de antenas, provedores de chips e celulares, CPU’s (Unidade Central de Processamento), GPU’s (Unidade de Processamento Gráfico), entre outros.

 

Para ter acesso ao mundo virtual, falou que há necessidade da interface humana: sensores, óculos virtuais, luva háptica para sentir os objetos do Metaverso, entre outros dispositivos.

 

Segundo Alexandre na Web 3.0, a descentralização confronta com as soluções centralizadas. Destacou, entre estas soluções, o Decentraland, universo 3D governado por uma organização autônoma descentralizada, desenvolvido na blockchain do Ethereum, que une jogos em sistema play to learn com uma plataforma de realidade virtual, em que é possível criar avatares, interagir com outras pessoas e realizar atividades. Mas, além dos jogos, há também iniciativas descentralizadas nas áreas de serviços financeiros, varejo, tecnologia e entretenimento.

 

Para fazer o ambiente tridimensional e os produtos em 3D, citou ferramentas da computação espacial (realidade virtual, realidade aumentada, inteligência artificial e Internet das Coisas), como da Adobe, Autodesk, NVIDIA Omniverse, Blender e Unity.

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Ressaltou que sem a comunidade dos criadores digitais, o Metaverso não seria uma economia viável já que há necessidade de se construir soluções para este mundo, como avatares, roupas para avatares, casas digitais e outros produtos.

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Falou também sobre os papéis da descoberta – buscadores e lojas de aplicativos para encontrar “os metaversos” e o da experiência com as plataformas de metaverso, como a decentraland, onde há a possibilidade de comprar um terreno, que conta com a frequência de pessoas e oportunidades de negócios.

 

Ao final da apresentação, falou que Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, chamou a atenção para o Metaverso, em 2021, ao mudar o nome da empresa para Meta e, recentemente, criou o Horizon Worlds, videogame online gratuito de realidade virtual com um sistema integrado de criação de jogos, que traz experiências combinadas do mundo real e digital. Citou ferramentas, como a Spatial.io para reuniões, confraternizações e eventos; FrameVR.io com espaços para interação virtual, como palestras, entre outras, e o mundo espelho, com sua capacidade de “espelhar” a realidade no mundo do metaverso.

 

Concluiu enfatizando os pilares tecnológicos dessa nova revolução: realidade aumentada e realidade virtual, fundamentais que precisam ser desenvolvidas ainda mais; interfaces homem-máquina e IoT; inteligência artificial, motor do Metaverso; e Blockchain, base de confiança, transparência e propriedade dessa economia. “E para finalizar isto tudo, precisaremos cada vez mais de infraestrutura – 5G, capacidade de banda; softwares mais robustos; melhorar os sensores de percepção do mundo virtual, bem como os aparelhos; e aprimorar o poder de processamento e computação”, disse.

 

Para João Moura, presidente da Abrafiltros “debater um assunto tão atual e presente no cotidiano da sociedade, é uma das missões do programa, que chega a sua edição n° 58 apresentando um conteúdo de extrema relevância, informativo e de qualidade”.

 

O próximo Filtra Ação acontecerá no dia 22 de setembro.

 

Sobre a Abrafiltros:

Criada em 2006, a Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais – tem a missão de promover a integração entre as empresas de filtros e sistemas de filtração para os segmentos automotivo, industrial, tratamento de água, efluentes e reúso, representando e defendendo de forma ética os interesses comuns e consensuais dos associados.

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