Técnicas de ancoragem: Pyong Lee comenta estudo que revela como hipnose pode ajudar em tratamentos de dores crônicas

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Pyong Lee (divulgação/arquivo pessoal
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Pyong Lee (divulgação/arquivo pessoal

Um estudo publicado pela Scientific Electronic Library Online mostrou sobre como as técnicas de ancoragem utilizadas na hipnose podem ajudar no tratamento de dores crônicas. O hipnoterapeuta Pyong Lee deu sua opinião sobre o artigo e reforçou a importância do uso da hipnoterapia em tratamentos.

Conforme o estudo, os procedimentos que envolvem a chamada técnica de ancoragem, na qual o paciente é induzido a se concentrar numa parte de seu corpo, expressando o que vem à sua mente, não consiste em novidade na prática da hipnose, principalmente no que se refere às demandas de dores crônicas.

Conforme Pyong, através da técnica que está inserida na hipnose é possível fazer com que a pessoa mergulhe no autoconhecimento e possa “se ajudar” a encontrar a cura de dores crônicas.

“Nas dores crônicas a hipnoterapia pode ajudar, muitas vezes, porque o gatilho é emocional. Então, é uma dor psicossomática onde a hipnose consegue ressignificar e tirar o vínculo. É como se o gatilho que causou a dor fosse desativado. Temos resultados incríveis tratando dores e doenças crônicas como enxaquecas, fibromialgia e várias outras doenças”, pontuou Pyong.

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“A técnica é de grande valia por apontar para um conhecimento clínico calcado em sua subjetividade, referindo-se à sua produção simbólica e emocional de corpo, tempo e espaço, como também às formas de relação que o sujeito desenvolve com as pessoas que habitam esse mundo. Rompendo com a perspectiva de um diagnóstico externo, cujos códigos comunicativos se restringem às comunidades científicas e nada têm a dizer aos leigos, tal conhecimento abre possibilidades para uma compreensão de como o sujeito se sente quando é acometido por uma dor crônica, que realidades se criam em seu mundo e os caminhos que podem ser traçados rumo à mudança”, diz trecho do estudo.

Entretanto, conforme o artigo, ao fazer com que o sujeito se volte para sua própria morada existencial, seu corpo, a ancoragem favorece um novo tipo de olhar sobre si mesmo que, seguindo o rumo de uma terapia, pode levar a uma reconciliação consigo mesmo. A ancoragem acaba fazendo com que o sujeito se depare com sua própria imagem e daí assuma a responsabilidade sobre si mesmo de modo a poder lidar com aquilo que incomoda, envergonha e perturba, mas também descobrir aquilo que traz prazer, esperança e amor por si”, diz outro trecho.

“Muita gente ainda acha que a hipnoterapia não consegue tratar dores, transtornos e enfermidades no geral. É um pensamento equivocado. O autoconhecimento liberta pessoas”, disse.

Ainda segundo o artigo, “em suma, entre as asas que a imaginação oferece e as raízes que as memórias impõem é que o sujeito pode nascer e ser autor de sua própria história”.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.