Especialista revela porque cada vez mais brasileiros procuram ensino superior em Portugal

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Cada vez mais brasileiros buscam Portugal para cursar o ensino superior, mas nem sempre foi assim. De acordo com o advogado luso-brasileiro, Bruno Gutman, na histórica relação entre Brasil e Portugal, até meados dos anos 2000, Portugal era percebido pelos brasileiros como um país que basicamente exportava vinho, azeite e bacalhau. Nada além disso. Nem mesmo o turismo era de grande monta, apenas as famílias com laços afetivos é que escolhiam o país como destino de férias.

“Nos últimos 20 anos, teve início a mudança deste paradigma. Houve uma relativa promoção do turismo de Portugal e os turistas brasileiros passaram a incluir o destino em seus roteiros de viagem pela Europa. Com o aumento do número de turistas, houve um “redescobrimento” da cultura portuguesa”, iniciou.

Segundo Bruno, o ensino superior não estava limitado, somente, à famosa Universidade de Coimbra. O rancho folclórico não era mais a grande manifestação cultural do país. O ponto alto da culinária não era só a sardinha e o bacalhau. O próprio vinho verde não era mais aquele vinho do imigrante português, de baixa qualidade. Portugal não era mais aquele país que se tinha notícias no Brasil.

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“Portugal apresentou uma nova realidade. No ensino superior suas Universidades estavam a destacar-se no cenário mundial e a atrair estudantes de todo o mundo. O fado havia iniciado uma nova era com Ana Moura, Mariza, Carminho. O cenário musical conseguiu atrair o maior festival de música do Brasil, o Rock in Rio. A culinária extremamente diversificada, de uma cidade para outra, com inúmeras receitas de bacalhaus, cabritos, peixes e muitos restaurantes de altíssimo nível que são reconhecidos e estrelados no roteiro internacional. E o vinho verde, que grata surpresa, tornou-se numa das estrelas gastronómicas do país”, disse.

Conforme o advogado, o ápice dessa mudança ocorreu na primeira semana de novembro de 2022, com a realização da sétima edição do Web Summit, o evento de tecnologia mais famoso do mundo, que contou com mais de 70 mil participantes, um recorde de público. Do Brasil, estiveram presentes 280 start-ups e mais de 600 pessoas, todos interessados em ter em Portugal um parceiro para apresentar os seus negócios para a Europa. Portugal demonstrou que é um protagonista mundial na promoção do ecossistema das start-ups, um país que vem a promover com sucesso a inovação tecnológica.

“Portugal é muito mais do que aquele país que só exporta vinho, azeite e bacalhau. Não há qualquer dúvida de que o país detém as qualificações, a importância e a relevância necessárias para ser o sítio de entrada e a base das empresas e empresários brasileiros que pretendam fazer negócios com a Europa”, finalizou.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, Colunista do Cenário MT é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro Mensa, Intertel e Triple Nine Society, sociedades de pessoas com alto QI.